
Por Flavia Andrade
Deputado estadual Pedro Pedrossian Neto esteve presente nos estúdios da Rádio Segredo FM 106,3 em entrevista exclusiva para o Programa Bronca do Eli, comandado pelo jornalista e radialista Eli Sousa, nesta segunda-feira (02 de Junho). Pedrossian Neto trouxe informações relevantes sobre a política estadual e as demandas do mandato, “Ainda não consegui realizar tudo o que queria como deputado, mas estamos lutando por causas relevantes e importantes para o Mato Grosso do Sul. Mas estou muito satisfeito com o nosso trabalho até agora”, pontua parlamentar.
O parlamentar compara a política a prática do ciclismo dizendo que a cada proposta a ser trabalhada é necessário esforço para alcançar o resultado, “Na política como a bicicleta temos que pedalar, avançar, cobrar uma série de coisas, tem coisas que avançam e tem coisas que retrocedem se não ficarmos de olho”, relata.

Entre as propostas trabalhadas em seu mandato, Pedro Pedrossian Neto elenca as seguintes, “Temos lutado pelos hospitais, Santa Casa, hospital do Câncer, financiamento dos hospitais, projetos de leis sobre isso, frente parlamentar. Br-163, Br-262, Br-040, Br-267. Teremos novidade com o projeto do Morenão que estou lutando tanto e leva o nome do meu avô, estamos engatinhando, caindo pelas tabelas no esporte. Temos que fazer debates e discussões de lugares para que possamos jogar”, enfatiza.
Pedrossian Neto convoca a população para estar presente na Audiência Pública que será realizada no dia 17 de junho (Terça-feira), no Plenarinho, para discutir o futuro do Estádio Pedro Pedrossian, Morenão, “O estádio leva o nome do meu avô, e vamos debater o futuro dele, para que possamos valorizar o esporte, o lazer, o entretenimento, isso também é parte da política pública. Não é porque debatemos isso que não estamos prestando atenção às outras áreas, porque o esporte também é parte da política pública, estamos debatendo a saúde. Quantas crianças você conhece que está em depressão, com obesidade, com dificuldades de interação? Isso é saúde pública”, afirma deputado.

Deputado relata situações que ouviu por trazer o debate para a Assembleia Legislativa, “Já ouvi de várias pessoas diversos questionamentos sobre essa audiência, mas se pararmos para relembrar, o Operário Futebol Clube, o Comercial, outros times que temos aqui, já foram prestigiados. Muitas pessoas falam que nunca vamos encher novamente o estádio, eu acredito que se oferecermos um local de qualidade, que tenha um grande espetáculo de esporte, vai trazer pessoas, movimentando a economia do futebol, e impulsionando tudo que está parado no futebol, é possível sim. Podemos debater ainda nessa audiência, profissionalização do nosso esporte, regras de transparência, de corrupção, compliance. O Cuiabá joga na série B, mas já jogou na série A, se Mato Grosso consegue fazer isso, porque não podemos fazer com o Operário, com o Comercial. O Estado nasceu em 1977, e nós disputávamos e ameaçávamos outros times, e agora temos um problema de achar que nunca será possível. Vamos discutir o futuro do Morenão. Ano passado eu fiz audiência pública cobrando da UFMS informações, com a intenção de trazer o estádio da UFMS para o governo do Estado, para que possamos transformar o Morenão em uma arena multiuso, onde o governo do estado possa ir na B3, na bolsa de valores de São Paulo, para conceder o uso do estádio por 35 anos para que possamos fazer essas mudanças”, enfatiza.
Ainda segundo a Audiência Pública, Pedro Pedrossian Neto afirma que com a concessão do estádio será possível descobrir atletas de qualidade e categoria no Estado, “Com uma obra de qualidade, para plataforma multiuso, podemos descobrir e oferecer espaços de qualidade para os nossos atletas, para que tenham lugar de qualidade para treinar e se preparar para grandes corridas, eventos, competições”, declara.
Pedrossian Neto fala sobre as alterações dos nomes dos estádios, citando o Morumbi que se tornou Morumbis, “O Estádio do Morenão pode acontecer a mesma coisa, só não tirando o nome do meu avô Pedro Pedrossian, está tudo certo. Mas temos que incentivar e cobrar essas coisas, e eu sou um deputado que está fazendo isso”, pontua.
Questionado sobre a questão da CCR MS VIA, deputado Pedrossian Neto aponta as necessidades de melhorias nas estradas e no valor de pedágio, “Eu participei de todas as audiências públicas que debateram a Br-163, eu fui em Brasília debater com a ANTT, com o Ministério dos Transportes, com o ministro Renan Filho, quer parabenizar a bancada federal por todo trabalho realizado, estão lutando também a favor disso, entramos com uma batalha judicial, em ações civis públicas, onde denunciamos ao Ministério Público Federal isso, pedindo suspensão de pedágios, reajuste do pedágio, terceira parte interessada com o Tribunal de Contas da União, com o “Amicus Curiae” que é “amigo da corte” para tentar intervir no processo, tudo isso é federal, a Br-163 é federal. Nós estamos tentando fazer politicamente e administrativamente empurrar todas essas discussões, e estamos conseguindo êxito. A CCR MSVia não cuida mais, agora quem cuida é outra concessionária, que é ligada a ela, mas com outro nome, que é a Motiva. O Tribunal de Contas da União decidiu que o contrato poderia ser repactuado, ela tinha obrigação de duplicar 847km, ela alegou desequilíbrios financeiros, que as condições econômicas do edital de 2014, o que foi um erro de planejamento de negócios. Onde entrou em funcionamento uma ferrovia no Mato Grosso, onde 30% a 40% foi drenado por esse transporte. Ela entrou no governo Dilma, e colocou em 2% a taxa de juros que estava convidativa, hoje é 14,75%, o dólar era R$ 2 reais, hoje bateu R$6 reais. E o principal insumo para construir a rodovia é o CBUQ, Concreto Betuminoso Usinado a Quente, que é cobrado em dólar, e isso tudo impacta na construção da estrada. O TCU entendeu que ela tinha o direito de remodelar o contrato, ela teria que duplicar mais 203Km de duplicação em mais cerca de 150 km para triplicação, um gasto de aproximadamente R$ 7 bilhões de reais que começa agora no segundo semestre. Não é o ideal, mas teremos uma duplicação em mais de 350Km, teremos terceira faixa em mais de 300Km e teremos pistas simples em locais onde temos poucos movimentos”, relata.

Questionado sobre os acidentes nas estradas, Pedrossian Neto pontua, “Tem que ter radar, sinalização, em trecho urbano tem que ter quebra-molas, se você fizer um mini anel para retirar o tráfego, se torna pior. Como em Campo Grande, que fizeram ali atrás do Parque dos Poderes, do Shopping Bosque dos Ipês, ali sempre tem acidente. O estudo aponta um valor de R$ 500 milhões para a construção desse anel. Há cidades que queiram, mas não é tão viável”, declara.
Sobre a cobrança de pedágios, o deputado Pedro Pedrossian Neto declara, “Não existe mais o contrato passado, agora é outro contrato, o que eles tinham que fazer foram revertidos em obrigatoriedade no novo contrato. Vão mudar os valores, o prazo, o contrato eu acredito que esteja melhor elaborado do que o anterior. Principalmente pela ANTT, que passou a mão na cabeça dos concessionários, e não cobrou o que era obrigado a ser feito. Tinha um valor que era obrigatório a CCR MSVia depositar no banco, um de R$ 325 milhões e outro de R$ 175 milhões em uma conta de garantia, somando os dois valores dava R$ 500 milhões que era uma espécie de valor calção, que se a concessionária não fizesse o que deveria ter feito, o governo poderia sacar, como uma espécie de punição, mas esse valor não foi sacado e foi liberado para a concessionária. Todos os órgãos devem estar atentos ao que tem que ser cumprido e cobrado nesse novo contrato”, conclui deputado Pedrossian Neto.