Redação Plenax – Flavia Andrade
Ferramenta envia milhões de alertas e ajuda famílias do DF a manter a caderneta vacinal atualizada
Para aumentar a cobertura vacinal e impedir o retorno de doenças graves no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) passou a utilizar o WhatsApp como aliado na comunicação com pais e responsáveis. Entre outubro de 2024 e agosto deste ano, mais de 2 milhões de mensagens foram enviadas, alcançando 769 mil responsáveis. Desse total, 84% interagiram com os avisos e 78% confirmaram que pretendem levar as crianças para atualizar as vacinas.
Os alertas informam sobre doses atrasadas que protegem contra doenças como difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, meningite, dengue, pneumonia, poliomielite e diarreias graves. Cada mensagem contém dados básicos da criança ou adolescente — como nome e último sobrenome — e especifica qual imunização precisa ser atualizada.
Ao receber o aviso, o responsável é questionado automaticamente se é de fato a pessoa que deve acompanhar a vacinação. Confirmando a informação, o sistema detalha qual vacina está pendente, a doença que ela previne e os riscos da não imunização. Em seguida, pergunta em quantos dias o responsável pretende procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
A SES-DF reforça a importância de responder às mensagens: o mesmo sistema é utilizado para avisos sobre consultas, exames e outros serviços essenciais. A falta de interação pode interromper futuras notificações.
50 mil alertas por dia
“Atualmente, 50 mil alertas são disparados diariamente. Enquanto houver crianças e adolescentes com pelo menos uma dose atrasada, continuaremos enviando as mensagens. Nosso plano é, no futuro, avisar antes mesmo do atraso. Também estudamos ampliar a estratégia para gestantes e idosos”, explica a gerente de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, Lídia Glasielle de Oliveira Silva.
O cronograma da secretaria prevê a inclusão de novos imunizantes até 2026, como tetraviral (SCRV), varicela (VAR), ACWY e BCG, entre outros.

