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Onda de calor no DF acende alerta para riscos à saúde e exige cuidados redobrados

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília. Uma série de atividades no Lago Paranoá abrirá a programação do 8º Fórum Mundial da Água neste domingo (18). A partir das 6h30, a orla da Ponte JK receberá ações gratuitas (veja a arte) para celebrar o Dia Mundial da Água — 22 de março.

Redação Plenax – Flavia Andrade

O Distrito Federal enfrenta dias de calor acima da média, cenário que levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir alerta para temperaturas extremas e possíveis impactos à saúde da população. Com forte exposição ao sol, alta umidade e aumento das atividades ao ar livre, médicos apontam crescimento nos casos de gastroenterites, viroses, insolação, desidratação e micoses, típicos do período de verão.

De acordo com o especialista em clínica médica Álvaro Modesto, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), os dias mais quentes exigem atenção especial com a alimentação. “É fundamental observar a conservação e a procedência dos alimentos, principalmente proteínas cruas ou mal passadas e preparações com ovos, como a maionese, que se deterioram com mais facilidade no calor”, orienta.

Segundo o médico, gastroenterites e viroses nem sempre apresentam quadros graves, mas provocam sintomas como vômitos, dor abdominal e diarreia, que podem comprometer o bem-estar e o período de descanso. “Esses quadros costumam durar de três a cinco dias e, embora muitas vezes se resolvam sozinhos, deixam o organismo debilitado. A hidratação adequada é essencial”, destaca.

Outro problema recorrente em ondas de calor é a insolação, geralmente associada à desidratação. Os sintomas incluem dor de cabeça, mal-estar, náuseas e dores no corpo, semelhantes aos de uma forte ressaca. “Quando esses sinais aparecem, é um indicativo de que a exposição ao sol ultrapassou o limite seguro. Em casos mais graves, pode haver comprometimento de órgãos como rins e fígado, exigindo avaliação médica”, alerta Álvaro Modesto.

Para prevenir complicações, a recomendação é manter a ingestão frequente de líquidos, utilizar protetor solar, evitar exposição prolongada ao sol e redobrar os cuidados nos horários de maior intensidade dos raios solares. O calor e a umidade também favorecem o surgimento de micoses de pele, especialmente após o contato com água em praias, piscinas e clubes.

“O ideal é manter as áreas de dobras sempre bem secas, principalmente os pés. Permanecer com roupas molhadas por muito tempo favorece a proliferação de fungos. Sempre que possível, é importante se secar bem ou trocar de roupa após entrar na água. Nas mulheres, os casos de candidíase também aumentam nesse período”, explica o especialista.

Em locais de lazer com circulação de animais, como parques, praias e áreas de areia ou terra, há ainda risco de infecções como bicho-geográfico e bicho-de-pé. A orientação é evitar andar descalço e não permanecer em áreas com sujeira.

Quando procurar atendimento médico

A recomendação é buscar atendimento imediato diante dos seguintes sintomas:

Febre alta persistente;

Vômitos ou diarreia por mais de 24 horas;

Sinais de desidratação, como boca seca, pouca urina, sonolência ou tontura;

Confusão mental, fraqueza intensa ou desmaio;

Dor de cabeça intensa ou rigidez na nuca;

Manchas, feridas ou lesões na pele que pioram;

Queimaduras solares com bolhas;

Náusea intensa, desmaio ou batimentos acelerados após longa exposição ao sol.

Diante da previsão de calor intenso, especialistas reforçam que medidas simples de prevenção podem evitar complicações e garantir um verão mais seguro para a população do Distrito Federal.

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