Redação Plenax – Flavia Andrade
A Polícia Militar do Distrito Federal realizou, nesta quarta-feira (26), a cerimônia de outorga da Medalha Cruz de Sangue no auditório do Colégio Militar Tiradentes. A honraria é destinada a policiais que sofreram lesões decorrentes de agressões injustas, ações de serviço ou situações diretamente relacionadas ao exercício da atividade policial.
A medalha é concedida em três graus — Incapacidade Temporária, Incapacidade Permanente e Post Mortem — e reforça o compromisso da corporação em valorizar profissionais que enfrentaram situações de risco extremo no cumprimento do dever.
Reconhecimento ao sacrifício
Entre os homenageados está o soldado Yago Monteiro Fidelis, agraciado post mortem após ser baleado durante uma ocorrência no Recanto das Emas. Na mesma ação, o 1º sargento Diogo Carneiro dos Santos sofreu perfuração da membrana timpânica por trauma acústico causado pelo disparo.
O evento também destacou casos de lesões decorrentes de confrontos diretos. O subtenente Jucelino de Paula e Silva fraturou a fíbula ao imobilizar um agressor em ocorrência da Lei Maria da Penha. Já o 2º sargento Augusto Cezar Pereira Pedra teve o pé fraturado após ser atingido por um chute de um suspeito que resistia à prisão em um bloqueio do Detran-DF.
A soldado Jéssica Lorrayne Mares da Silva foi atingida por um disparo no braço direito durante luta corporal em que o agressor conseguiu acessar a arma de um policial. Situações de resistência também foram registradas: o 2º sargento Robson Ferreira dos Santos lesionou o antebraço ao desarmar um suspeito dentro de um ônibus, e o 1º sargento Daniel Matos sofreu ruptura no bíceps ao conter um aluno armado com faca em uma escola.
Ocorrências de alto risco
Acidentes em serviço também renderam homenagens. O 1º sargento Edilson Sousa Azevedo sofreu luxação no joelho e fratura na costela ao cair da motocicleta durante perseguição a um veículo suspeito. O soldado Leonardo Lopes Valentim foi atropelado e prensado contra o portão da Academia de Polícia Militar por um carro em fuga, resultando em escoriações e luxações.
Houve ainda reconhecimento a policiais expostos a riscos biológicos. O soldado Pedro Henrique Costa Bezerra teve lesões nas mãos ao imobilizar um indivíduo soropositivo, precisando de medicação profilática. A soldado Raíssa Cunha foi mordida na mão ao conter uma detida que resistia ao algemamento.
A cerimônia reforçou os valores de coragem, dedicação e comprometimento que marcam o trabalho da PMDF e destacou o custo humano enfrentado diariamente pelos profissionais da segurança pública.

