Redação Plenax – Flavia Andrade
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) encerra 2025 com um balanço marcado por avanços decisivos na rede pública de saúde, reunindo recordes de cirurgias, expansão da rede de pronto atendimento, investimentos em tecnologias inéditas e fortalecimento de políticas de humanização. À frente de três hospitais e 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o instituto consolidou mudanças estruturais que ampliaram o acesso e melhoraram a qualidade da assistência à população.
No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o ano foi marcado por três recordes consecutivos de produção cirúrgica. Em setembro, a unidade atingiu a marca histórica de 1.332 cirurgias em um único mês, com média de 44 procedimentos por dia. Já no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o centro cirúrgico alcançou, em outubro, o maior volume dos últimos dois anos, com 502 cirurgias realizadas.
O desempenho é atribuído à reorganização dos fluxos assistenciais por meio do projeto Lean, que otimizou o uso das 20 salas cirúrgicas existentes, sem necessidade de ampliação da estrutura física, reduzindo gargalos e aumentando a eficiência do atendimento.
A modernização tecnológica também foi um dos pilares de 2025. O Hospital de Base passou a contar com equipamentos inéditos na rede pública do DF, como dois aparelhos de vídeo eletroencefalograma (vídeo EEG), entregues em dezembro. Considerado um dos exames mais avançados para o diagnóstico de epilepsia e outras doenças neurológicas, o vídeo EEG — assim como a ressonância magnética nuclear da unidade — é exclusivo do sistema público local. Outro destaque foi a instalação de um novo angiógrafo, que ampliou em 40% a capacidade de procedimentos minimamente invasivos.
Nas UPAs, a incorporação de gasômetros de última geração permitiu diagnósticos rápidos do estado respiratório e metabólico de pacientes graves. O reforço do videomonitoramento e as melhorias estruturais também contribuíram para maior segurança e estabilidade no atendimento.
Na atenção pré-hospitalar, a teleconsulta se consolidou como ferramenta estratégica. Foram mais de 10 mil atendimentos realizados nas UPAs ao longo do ano, reduzindo o tempo de espera e aumentando a resolutividade dos casos. O projeto de retaguarda psiquiátrica também apresentou resultados expressivos, com a redução do tempo médio de permanência de pacientes em crise de quatro dias para pouco mais de um.
Paralelamente, o Governo do Distrito Federal iniciou a construção de sete novas UPAs de porte 3, ampliando a rede de atendimento de urgência e emergência, que passará a contar com 20 unidades em funcionamento.
A humanização do cuidado ganhou protagonismo em diferentes frentes. No HRSM, foi inaugurado o Espaço Humanizar TEA, o primeiro ambiente sensorial do Centro-Oeste voltado ao atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Nas UPAs, o Programa Humanizar ampliou ações de acolhimento, escuta ativa e suporte em cuidados paliativos. Já no Hospital de Base, a implantação da Consulta com Hora Marcada organizou o fluxo ambulatorial, reduziu aglomerações e trouxe previsibilidade ao atendimento.
“Foi um ano de modernização profunda. Avançamos em tecnologia, ampliamos a rede e fortalecemos a humanização. Esses resultados são fruto de equipes comprometidas e de uma gestão que acredita em um SUS forte, eficiente e acessível”, destacou o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.
Com os resultados de 2025, o IgesDF encerra o ano consolidando um novo patamar de eficiência, inovação e cuidado centrado no usuário na saúde pública do Distrito Federal.

