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Hran estreia aparelho ultrassônico que torna cirurgias de fissura palatina mais seguras e menos dolorosas

Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF

Redação Plenax – Flavia Andrade

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, realizou na última quarta-feira (3) o primeiro procedimento utilizando o motor de vibração ultrassônica Piezo, equipamento recém-adquirido que promete mais segurança, precisão e conforto para pacientes, especialmente aqueles com fissura palatina.

A tecnologia é usada para retirar fragmentos do osso da bacia — utilizados na reconstrução óssea da face — com muito menos trauma cirúrgico. O método representa um salto de qualidade em relação às ferramentas manuais anteriormente utilizadas, como martelo e escopos.

Primeiro paciente operado com a nova tecnologia

O procedimento inaugural foi realizado em Felipe Alves, de 12 anos, nascido com fenda palatina e lábio leporino. Ele já passou por várias cirurgias no Hran, onde recebe atendimento desde o nascimento.

A mãe, Lorena Alves, disse confiar plenamente na equipe:

“Cada cirurgia é uma emoção diferente. Mas eu confio muito nos profissionais, eles estudam o caso e sempre buscam melhorar.”

Como funciona a cirurgia

O tratamento consiste na retirada de um fragmento ósseo da bacia, que é enxertado na região maxilar para melhorar o arco dentário e permitir a continuidade das correções. O osso da bacia é o mais compatível para esse tipo de reconstrução.

Antes do Piezo, esse processo era feito com instrumentos manuais que poderiam causar mais dor, sangramento, inchaço e maior risco de lesão nos tecidos.

Segundo o coordenador do Serviço Multidisciplinar de Atendimento a Fissuras Labiopalatinas do Hran, Marconi Delmiro, o novo equipamento traz ganhos significativos:

“Os cortes serão muito mais precisos, com menos sangramento, menor tempo cirúrgico, redução do edema e do risco de necrose. É um grande avanço para a qualidade do atendimento.”

O que é a fissura palatina?

As fissuras labiopalatinas são as malformações congênitas mais frequentes na região da cabeça e pescoço. No Brasil, ocorre 1 caso a cada 650 nascimentos.

Elas surgem quando o céu da boca não se fecha completamente durante a gestação, podendo vir acompanhadas de fissura labial. Sem tratamento adequado, podem causar dificuldades na alimentação, na fala, na respiração e até impacto psicológico.

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