Redação Plenax – Por Flavia Andrade
Ceilândia se prepara para receber um novo trecho de 2,1 quilômetros de ciclovia no canteiro central da Via M2 Sul, ampliando a malha cicloviária da cidade e fortalecendo as ações de mobilidade sustentável no Distrito Federal. A nova via se integrará às ciclovias da Avenida Elmo Serejo e às estações de metrô da região, facilitando o deslocamento dos moradores.
Com essa expansão, Ceilândia passa a contar com 37 quilômetros de ciclovia, formando uma rede mais conectada e segura para quem utiliza a bicicleta ou prefere se deslocar a pé.
O projeto faz parte do programa Vai de Bike, coordenado pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) e executado pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF). O investimento é de aproximadamente R$ 660 mil e integra um contrato mais amplo, que prevê R$ 18,5 milhões para a construção de novas ciclovias em diversas regiões do DF.

As equipes já iniciaram o levantamento topográfico e a preparação do terreno, com serviços de limpeza, supressão vegetal, corte e compactação do solo. As próximas etapas incluem imprimação, pavimentação asfáltica e sinalização horizontal e vertical.
Segundo a SODF, as obras não afetarão o trânsito, pois estão concentradas no canteiro central da via, sem necessidade de bloqueios ou desvios. Os trabalhos ocorrem em horário comercial, garantindo fluidez no tráfego local.
Preservação ambiental
Em pontos específicos, foi necessária supressão vegetal pontual para ajustar o traçado da ciclovia. Todo o processo segue critérios técnicos e ambientais rigorosos, com compensação ambiental garantida, incluindo o plantio de novas espécies e a manutenção de árvores no Parque Urbano do Setor O. O objetivo é conciliar o desenvolvimento urbano com o respeito ao meio ambiente.
O administrador regional de Ceilândia, Dilson Resende, destacou a importância da obra:
“Ceilândia está crescendo e precisa acompanhar esse ritmo com infraestrutura moderna. A nova ciclovia é mais do que uma obra: é um incentivo à mobilidade sustentável, à prática de esportes e à qualidade de vida da população”, afirmou.
Morador da QNM 19, em Ceilândia Sul, o trabalhador da construção civil Raimundo Nonatto da Silva, de 54 anos, comemorou a novidade:
“Uso a bicicleta todos os dias para ir ao trabalho. Essa nova ciclovia vai facilitar muito, porque agora teremos um caminho mais seguro, sem precisar disputar espaço com os carros.”
Mobilidade e qualidade de vida
Além de ampliar as opções de deslocamento, o novo trecho contribui para a redução da emissão de poluentes e estimula hábitos saudáveis, como o uso da bicicleta para lazer, esporte e transporte. A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) em construir cidades mais humanas, seguras e sustentáveis.
Com a ampliação em Ceilândia, o Distrito Federal avança na consolidação de uma das maiores redes cicloviárias do país, que hoje soma 727 quilômetros de extensão, distribuídos em 32 regiões administrativas, segundo a Semob-DF.
O secretário de Mobilidade e Transporte, Zeno Gonçalves, ressaltou o impacto positivo do investimento:
“Brasília já possui a maior malha cicloviária do país. Alcançamos 727 km e, com a meta de mais 300 km, vamos ultrapassar a marca de mil quilômetros, abrangendo também as cidades fora do Plano Piloto.”
*Com informações da Administração Regional de Ceilândia.
