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Brasil–Paraguai aceleram integração: diálogo retomado, visita oficial marcada e TIR destrava Rota Bioceânica

Foto: Divulgação

Redação Plenax – Flavia Andrade

A relação entre Brasil e Paraguai ganhou novo fôlego nesta semana. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, recebeu em Brasília o embaixador paraguaio Juan Ángel Delgadillo na terça-feira (25). A visita foi um gesto de agradecimento pelo papel do parlamentar na recomposição do diálogo bilateral após a crise envolvendo a Abin.

Durante o encontro, Delgadillo confirmou que as negociações do Anexo C de Itaipu serão retomadas na primeira quinzena de dezembro e anunciou a chegada do presidente do Congresso paraguaio, Basilio Núñez, a Brasília no próximo dia 9.

“Brasil e Paraguai são um só povo que precisa trabalhar junto”, disse o embaixador, em mensagem registrada em vídeo. Trad destacou ainda o avanço na Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai: “Viva o Brasil, viva o Paraguai!”, afirmou.

TIR: ferramenta decisiva para a Rota Bioceânica

Enquanto a diplomacia avança, o Senado aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 655/2025, que confirma a adesão do Brasil à Convenção Aduaneira TIR — sistema internacional que padroniza e agiliza o trânsito de cargas. O relatório também é de Nelsinho Trad.

Segundo o senador, a adoção do TIR é fundamental: “A Rota Bioceânica só será plenamente viável se o Brasil operar no mesmo regime aduaneiro que nossos vizinhos.”

O que muda com o TIR

Utilizado por 78 países, o TIR traz:

documento único reconhecido ao longo de toda a rota;

lacre internacional;

menos inspeções repetidas;

fronteiras mais rápidas e previsíveis.

“É o único sistema universal de trânsito aduaneiro em vigor sob a ONU. Sem ele, cada fronteira vira um novo processo”, explicou Trad.

Impacto direto no corredor brasileiro

Paraguai, Argentina e Chile já utilizam o TIR. Sem a adesão brasileira, a Rota Bioceânica começaria com um gargalo logístico. Com a aprovação, o Brasil se alinha aos demais países do corredor, reduzindo custos, tempo de viagem e reforçando a competitividade regional.

Para o senador, o movimento é estratégico: “Não é apenas uma convenção. É uma ferramenta que coloca o Brasil no mesmo nível de eficiência logística dos demais países do corredor.”

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