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Adriane Lopes culpa gestões anteriores e tenta defender administração em crise

Foto: Reprodução/Youtube

Redação Plenax – Flavia Andrade

Em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Capital 95 FM, na manhã desta terça-feira, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), buscou justificar os principais problemas enfrentados pela sua gestão, marcada por dificuldades na prestação de serviços e pressão crescente da população.

Logo no início, a prefeita reforçou a importância do Refis 2025, afirmando que o programa representa “uma grande oportunidade” para que contribuintes quitem dívidas com até 80% de desconto sobre juros e multas. A medida, segundo ela, é essencial para reforçar o caixa da Prefeitura em um momento de crise financeira.

Confrontada pelos jornalistas com o relatório orçamentário que aponta que 99,94% da arrecadação dos últimos 12 anos foi consumida por despesas, Adriane atribuiu as dificuldades a administrações anteriores.

“Eu herdei uma gestão deficitária. O trem estava desgovernado”, afirmou, citando as gestões de Alcides Bernal, Gilmar Olarte e Marquinhos Trad como responsáveis por uma “herança pesada”.

Segundo Adriane, a Prefeitura vem cortando gastos, reduzindo comissionados e gratificações, mas ainda enfrenta limitações que afetam áreas essenciais como saúde, infraestrutura e educação.

A prefeita enfatizou que há 10 anos a Prefeitura de Campo Grande não conversava com o Governo do Estado e reconheceu que a saúde pública está em “momento muito difícil” pontuou o atendimento de Campo Grande além da sua capacidade, sendo que a Capital possui 954 mil habitantes, mas atende 1,6 milhão de pessoas, segundo ela, devido à demanda vinda do interior.

Adriane destaca negociação com o Governo do Estado e afirmou que, após anos de distanciamento, a articulação com o governador Eduardo Riedel estaria avançando para novos repasses.

Questionada sobre corredores de ônibus, drenagem e pavimentação, Adriane prometeu entregar 33 bairros asfaltados a partir de 2026, com recursos de um financiamento aprovado pela Caixa.

Ela citou também algumas obras como:

Trevo Imbirussu requalificado

Retomada das obras da Gury Marques

Promessas de 400 km de drenagem e pavimentação

A prefeita reconheceu que existem mais de 1.200 km sem asfalto em Campo Grande.

Crise na segurança e polêmica no Natal

O momento mais tenso da entrevista ocorreu quando Adriane afirmou que houve um “ataque coordenado” durante a abertura do Natal no Centro, alegando que o evento foi alvo de grupos contratados por adversários políticos.

A prefeita citou nominalmente o vereador de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) e ex-deputada federal Rose Modesto (União Progressista), acusando-os de contratar pessoas para tumultuar o evento.

“Foram levados bandidos com mais de 50 passagens pela polícia. A guarda protegeu as famílias”, afirmou. Adriane declarou que soube da situação nesta segunda-feira (01) e disse que excessos da Guarda Civil Municipal serão investigados, mas manteve o tom de ataque: “Quem é Marquinhos para defender mulheres? Campo Grande conhece a história dele.”

Sobre as mudanças na Cidade do Natal, a prefeita declarou que com menos recursos, o tradicional Natal na Afonso Pena não ocorrerá. No lugar, a Prefeitura firmou parcerias com empresários e entidades para concentrar festas e iluminação no Centro da cidade, buscando revitalizar a região e incentivar o comércio.

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