Redação Plenax – Por Flavia Andrade
Em entrevista ao ao programa Bronca do Eli, comandado pelo jornalista e radialista Eli Sousa, o deputado estadual Junior Mochi (MDB) comentou temas centrais da Assembleia Legislativa, desde a votação para o novo conselheiro do Tribunal de Contas até as articulações políticas para as eleições de 2026.
Logo no início da conversa, Mochi destacou a intensa agenda na Casa de Leis. Segundo ele, a reunião da CCJR, realizada sempre às quartas-feiras, analisou projetos importantes, entre eles a indicação para a vaga deixada pelo conselheiro Gerson Domingos. O nome de Sérgio Guimarães foi aprovado por unanimidade na comissão e segue para votação em plenário.
A posse, conforme o deputado, deve ocorrer nos próximos dias, para suprir a vacância. Mochi lembrou que o Tribunal de Contas tem sete membros: três indicados pela Assembleia, dois pelo governo e dois oriundos de carreiras técnicas, de auditor e procurador.

Assembleia como poder mais próximo da população
Durante a entrevista, o parlamentar reforçou o papel da Assembleia como espaço de representação de todas as faces da sociedade: produtores, educadores, policiais e diversos segmentos que, segundo ele, levam sua experiência e suas demandas para dentro do Legislativo.
Mochi enfatizou que a construção de consensos é essencial:
“Nem tudo é consenso absoluto, mas para avançar é preciso unir o ideal ao possível. A democracia se faz no dia a dia”, afirmou.
Atuação em 45 municípios e defesa das instituições especiais

Questionado sobre sua atuação regional, o deputado afirmou que seu mandato está presente de forma direta em 45 municípios, além de atender demandas estaduais mais amplas.
Ele citou a recente mobilização contra alterações no decreto 1268-B, que, segundo o parlamentar, enfraqueciam instituições como APAE, Pestalozzi, AMA e Cotolengo ao obrigar matrículas exclusivamente no ensino regular.
Mochi lembrou que sua ligação com a causa é antiga, já que a primeira instituição que presidiu foi a APAE de Coxim, onde esteve por seis anos.
O deputado também reafirmou sua defesa do municipalismo, dizendo que os problemas são melhores resolvidos quando os recursos estão próximos da realidade local.

Emendas parlamentares: R$ 4 milhões por deputado em 2026
O deputado explicou que cada parlamentar terá R$ 4 milhões em emendas no orçamento de 2026. Embora pareça um valor expressivo, Mochi destacou que, ao ser distribuído entre dezenas de municípios e instituições, torna-se um recurso que precisa ser aplicado com precisão.
Segundo ele, as emendas estaduais chegam a espaços onde grandes verbas federais não alcançam — como creches, entidades assistenciais e compra de materiais para APAEs e centros de atendimento.
Ele citou ainda sua presença na formatura do PROERD, em Coxim, destacando seu apoio contínuo ao programa de prevenção às drogas e violência da Polícia Militar.

MDB na base do governo e cenário político para 2026
Ao abordar o posicionamento do MDB, Mochi lembrou que, após as eleições, o partido firmou acordo com o então governador eleito Eduardo Riedel, passando a integrar a base de sustentação do governo.
Mesmo após mudanças partidárias — como Reinaldo Azambuja migrando para o PL e Riedel para o PP — o MDB manteve o compromisso de apoio, tanto na Assembleia quanto nas ações administrativas.
Mochi descreveu o atual cenário político como uma “dança de cadeiras” envolvendo PP, União Brasil, PL, PSD, Republicanos, PSDB e o próprio MDB, todos estruturando chapas para o próximo pleito.
Sobre sua permanência no MDB, ele afirmou que a intenção é continuar, embora reconheça que decisões partidárias podem provocar mudanças.
“Tenho 44 anos de MDB. Nunca mudei de partido, nunca mudei de grupo político”, destacou.
O deputado reforçou que o MDB seguirá ao lado de Riedel e Reinaldo Azambuja, apoiando a reeleição do governador e a candidatura de Reinaldo ao Senado. Disse ainda que o partido deseja participar da chapa majoritária, seja na vaga de senador ou na de vice.
Mochi citou ainda com relação a Ministra de Finanças e Orçamento do governo Lula, Simone Tebet, “Ela tem sido cotada pelo MDB para concorrer a vaga de senadora pelo estado de São Paulo, e caso ela tenha interesse em se candidatar por Mato Grosso do Sul, o partido teria que reestruturar as alianças para o cenário político no estado”, conclui o parlamentar.
