Da Redação
No novo episódio do Mano a Mano, Brown e Semayat recebem BK — rapper carioca que se firmou como uma das vozes mais autênticas e potentes da nova geração do rap nacional. Com uma trajetória marcada por verdade, responsabilidade e conexão com as ruas, BK constrói sua arte com o compromisso de um Líder em Movimento que inspira e transforma.
Em suas próprias palavras, BK revela o equilíbrio que busca entre compromisso e leveza: “Eu fico realmente muito feliz com a forma que tenho levado minha carreira. Nunca fugindo da responsabilidade do papo que tem que ser dado, com a postura que se deve ter. Mas também estar se divertindo e poder continuar trabalhando e me continuar inspirado para poder fazer uma música verdadeira.”
Sua discografia é um reflexo dessa caminhada. Em algumas de suas obras, como Castelos & Ruínas, BK constrói narrativas sobre ascensão e queda, sobre sonhos que se erguem em meio ao caos urbano. Já em Gigantes, ele amplia o olhar, reafirmando sua força lírica e sua posição como um dos nomes mais influentes do rap contemporâneo. E em DLRE, sua última construção, ele mergulha em camadas mais íntimas e sensíveis, revelando que até nas dores mais profundas há beleza, memória e resistência.
Nascido em 1989, criado pela mãe e pelo Hip Hop, BK encontrou no rap um espaço de expressão e pertencimento. “Não tive pai, então minha criação foi a minha mãe e o Hip Hop”, conta. Foi dessa vivência que nasceu o desejo de compartilhar sua visão com o coletivo, de transformar vivência em verso e rua em palco. Para ele, o rap é mais que música — é ferramenta de comunicação, inspiração e mudança.
Durante o episódio, Mano Brown faz uma conexão entre o nascimento de BK e a história do Racionais MC’s: “89 é um ano clássico. 89 nasceu o Racionais, você é um pedaço do Racionais, tem um pedaço do Racionais em Djonga, BK e Emicida. Eu vejo muita gente lá.”
BK representa uma geração cuja voz carrega a força de quem viveu, aprendeu e escolheu transformar dor em arte — e sua caminhada inspira não só quem rima, mas todos que acreditam no poder da palavra como instrumento de mudança.Com consciência afiada, BK também reflete sobre os perigos da vaidade na indústria: “Tem que estar na rua sempre, ouvindo, trocando com as pessoas. Na música, você pode acabar se achando um semideus, confundindo o ego com a qualidade. É importante não deixar o ego te engolir.”
O artista representa uma geração que entende o rap como resistência, mas também como celebração. Sua voz carrega a força de quem viveu, aprendeu e escolheu transformar dor em arte — e sua caminhada inspira não só quem rima, mas todos que acreditam no poder da palavra como instrumento de mudança.
Serviço >> Mano a Mano – 6º Episódio
Episódio: JÁ DISPONÍVEL em vídeo, no Spotify – convidado: BK.
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