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Se for candidato ao governo do Estado, Jaime Valer garante governo do Povo

Foto: Grupo Impacto Mais de Comunicação

Por Flavia Andrade

Em entrevista concedida ao programa Bronca do Eli, transmitido pela Rádio Impacto Mais Integrando o Brasil, o empresário e industrial Jaime Valer contou detalhes de sua trajetória pessoal e profissional, falou sobre sua ligação com o Mato Grosso do Sul, os investimentos que tem intermediado para o Estado e comentou sobre a possibilidade de disputar o governo estadual nas próximas eleições.

Eli Sousa: Jaime, vamos contar a história. Você veio para o Mato Grosso do Sul há muito tempo, certo?

Jaime Valer: É verdade. Eu vim para cá há muitos anos. Peguei as coisas do meu pai, que na época tinha três propriedades — Santo Sol e Cão-Morão. Quando ele ficou em coma, eu estava na Santa Casa, e um amigo dele, o Milton Vinhares Monteiro, me levou até o cemitério. Ele me disse: “Aqui estão enterrados todos os homens insubstituíveis”. A partir daquele dia, entendi que ninguém é insubstituível e assumi os negócios da família.

Deixei as propriedades do Paraná com minhas irmãs, uma fazenda no Pará para meu irmão, e fiquei com as terras no Mato Grosso do Sul. Aqui comecei a cuidar de gado, montar escritório e logo percebi que havia potencial em coisas que o pessoal jogava fora, como couro e ossos. Montei uma salgadeira, depois uma graxaria, e com isso cresci no ramo industrial.

Foto: Grupo Impacto Mais de Comunicação

Mais tarde, fundei uma indústria química em sociedade com empresários do Paraná, e hoje produzimos insumos para o setor coureiro e estamos nos habilitando junto à Petrobras.

Eli Sousa: Além disso, você também montou um jornal, não é?

Jaime Valer: Foi uma ideia que surgiu meio do nada. Um dia o Alexandre me sugeriu montar um jornal, desde que o nome tivesse relação com o Estado. Assim nasceu o Diário MS. Eu cheguei a comprar o nome Lias Lado (do antigo dono) e o jornal acabou se tornando um sucesso. Hoje ele circula em 134 países, é referência em divulgação sobre o Estado e não cobra nada por isso.

Eli Sousa: Quantos empregos o grupo gera atualmente?

Jaime Valer: Diretamente, são cerca de 600 empregos registrados, mas indiretamente chegamos a mais de 20 mil pessoas, incluindo caminhoneiros, freteiros e prestadores de serviço em todo o Estado.

Eli Sousa: Você é conhecido por manter uma relação próxima com empresários estrangeiros, especialmente da China. Como foi isso?

Jaime Valer: Um amigo me apresentou a empresários chineses que buscavam parcerias no setor de carnes. Meu pai sempre dizia: “Carne de boi não é para quem tem real, é para quem tem dólar”. E é verdade. A carne é um produto caro, e o Brasil é um dos poucos países que consegue produzi-la em grande escala.

Com o tempo, fui conhecendo empresários como Jack Lu e Tim, que hoje comanda a mídia do governo chinês no Brasil. Eles me convidaram para integrar uma agência estatal chinesa que distribui notícias para o mundo todo. Foi assim que meu jornal começou a circular internacionalmente.

Eli Sousa: Você parece ser uma pessoa muito próxima do povo.

Jaime Valer: Sempre fui. Converso com todo tipo de gente — empresários, trabalhadores, presos. Trato todos com respeito. Quando vou visitar meus funcionários, é comum eles me receberem com carinho, cuidando até para eu não escorregar. Essa convivência me faz bem.

Eli Sousa: Falando de política, o atual governo recebeu autorização para contratar um bilhão em empréstimos. Qual sua opinião sobre isso?

Jaime Valer: Eu acho que cada governo sabe o tamanho de sua dívida e de sua caixa. O atual governador está no fim do mandato e precisa mostrar serviço, mas tem que avaliar a capacidade de pagamento. É fácil criticar de fora, mas quem está lá dentro é quem sabe como estão as contas do Estado.

Foto: Grupo Impacto Mais de Comunicação

Eli Sousa: Seu nome aparece em pesquisas internas de intenção de voto para o governo. Você confirma que é pré-candidato?

Jaime Valer: Eu tenho sido lembrado, sim, e fico feliz com isso. Mas o que eu garanto é que, se for candidato, serei o candidato do povo. Quero um governo que converse com as pessoas, que gere empregos e oportunidades, e que traga resultados reais para o Mato Grosso do Sul.

Eli Sousa: E sobre os investimentos europeus que você tem ajudado a articular?

Jaime Valer: Estou intermediando uma parceria com o fundo da Comunidade Europeia e o Deutsche Bank, da Alemanha. O objetivo é investir na América Latina e na África, e o Mato Grosso do Sul será um dos primeiros estados beneficiados.

Já fizemos um levantamento em oito municípios para aplicar recursos em infraestrutura: escolas, hospitais, creches, lares de idosos e áreas de lazer. Só para a Santa Casa de Campo Grande, está prevista uma reforma de cerca de R$ 80 milhões, além da construção de um hospital padrão Albert Einstein, com investimento total que pode chegar a R$ 3 bilhões no Estado.

No total, o plano de investimentos chega a € 3 bilhões (aproximadamente R$ 18 bilhões), com execução prevista para quatro a cinco anos.

Eli Sousa: Um investimento dessa magnitude muda o perfil do Estado.

Jaime Valer: Com certeza. Isso traz desenvolvimento e melhora a saúde pública. A Santa Casa é referência, mas precisa de apoio. A ideia é também construir hospitais em Amambai, Porto Murtinho e Dourados, inclusive um voltado exclusivamente para atendimento indígena.

Eli Sousa: Jaime, muito obrigado pela entrevista.

Jaime Valer: Eu que agradeço, Eli. E reafirmo: se um dia eu for candidato, será um governo do povo, com o povo e para o povo.

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