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Sabesp avança com censo para levar água e esgoto a bairros isolados e territórios indígenas e quilombolas

Motorcyclist on the road. Region of the Quilombola Community photographed in Presidente Kennedy, Espí­rito Santo - Southeast of Brazil.

Da Redação

Iniciativa junto a essas comunidades e em áreas rurais é a etapa inicial para a futura implantação de saneamento básico em mais de 820 mil domicílios.

A Sabesp deu início ao Projeto Brotar, censo de saneamento que vai contemplar também as comunidades indígenas e quilombolas, além das áreas rurais e isoladas dos 371 municípios atendidos pela Companhia. A iniciativa representa um passo inédito para planejar a chegada da água potável e da coleta e tratamento de esgoto a populações historicamente excluídas do atendimento regular.
 

Na primeira etapa do processo, o censo está em andamento em comunidades indígenas e quilombolas situadas na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Litoral Norte, além de áreas rurais de todo o Estado. Comunidades isoladas, que ficam mais afastadas do centro urbano das cidades, serão também contempladas.

O mapeamento deve abranger mais de 820 mil domicílios, divididos em 20 frentes regionais. Após a coleta de dados, a Sabesp apresentará soluções sob medida para cada região, com o objetivo de levar água de qualidade e rede de coleta e tratamento de esgoto, otimizando os benefícios do saneamento para a população local.
 

O Projeto Brotar é executado em parceria com o Laboratório de Informações Estratégicas Agroambientais do Instituto de Economia Agrícola (IEA), desenvolvedor do Programa Rotas Rurais, e pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).

Antes da desestatização, a Sabesp não atuava em áreas rurais, isoladas e comunidades indígenas e quilombolas porque, por contrato, elas não faziam parte da área de atendimento. Agora, a Companhia está criando a infraestrutura necessária para levar água potável e coleta de esgoto a essas regiões. O censo começa com um formulário que deve ser preenchido pelos moradores das residências mapeadas. As informações são essenciais para direcionar os investimentos e obras necessárias em cada localidade.

“O censo é essencial para identificarmos as necessidades da população e planejarmos soluções adequadas para cada região”, afirma Samanta Souza, diretora de relações institucionais e sustentabilidade da Sabesp. “Um dos desafios é mostrar como os sistemas de água e esgoto podem gerar benefícios diretos e indiretos, incluindo a redução de doenças, mais qualidade de vida e bem-estar.”

O censo, iniciado em agosto de 2025, será realizado até julho de 2026, com tecnologia de coleta digital via aplicativo e planejamento específico por região. Entre os benefícios esperados estão: ampliação do acesso à água potável, coleta e tratamento de esgoto, redução de doenças de veiculação hídrica, valorização das propriedades rurais, apoio ao planejamento de políticas públicas e fortalecimento do desenvolvimento sustentável e da agricultura familiar.

“Em áreas rurais, a qualidade da água que chega às residências é uma preocupação central, e muitas casas possuem soluções próprias. A coleta e tratamento de esgoto, no entanto, exigem detalhamento sobre os benefícios para o coletivo e o meio ambiente”, explica Samanta. 

O censo rural tem como ponto de partida o levantamento do IBGE de 2022, que indicou 821 mil domicílios com essas características nos 371 municípios atendidos pela Sabesp. Após concluir seu próprio mapeamento, a Companhia disponibilizará os dados coletados ao IBGE, contribuindo para antecipar a meta de universalização do saneamento.

Moradores com dúvidas sobre a chegada do censo em suas residências podem esclarecer os pontos via Whatsapp: (11) 91328-0548.

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