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Rotina digital intensa dispara casos de fadiga ocular; veja como aliviar os sintomas

Foto: Divulgação

Redação Plenax – Flavia Andrade

Ardência, visão borrada, peso nos olhos e dor na testa têm se tornado queixas cada vez mais frequentes em um mundo onde computador, celular e tablets fazem parte de praticamente todas as tarefas do dia. O uso prolongado de telas é hoje um dos principais responsáveis pela fadiga ocular, ou astenopia, condição marcada pelo esforço excessivo do sistema visual.

Segundo a oftalmologista Marcia Ferrari, Diretora Clínica do H.Olhos, Hospital de Olhos da Vision One, o ritmo acelerado e a necessidade de manter o foco por longos períodos criam um cenário de sobrecarga para os olhos. “Nossos olhos não foram feitos para sustentar a mesma distância focal por horas, ainda mais diante de telas brilhantes e estímulos constantes”, explica.

A especialista destaca que os sintomas costumam aparecer de forma sutil até se tornarem frequentes. “Ardência, visão borrada e dor na testa são sinais típicos, mas muita gente acha que é apenas cansaço”, afirma. Ignorar esses sinais, porém, pode intensificar o desconforto ao longo do tempo.

Além do uso contínuo de telas, fatores como iluminação inadequada, postura incorreta, leitura prolongada e óculos desatualizados também favorecem o surgimento da astenopia. “Não é só o computador: qualquer atividade que exige concentração visual por muito tempo pode desencadear o quadro”, reforça a médica.

Como reduzir o cansaço visual

Ferrari afirma que pequenas mudanças de rotina já fazem diferença. Entre as recomendações:

Regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhar para um ponto distante por alguns segundos;

Tela na altura dos olhos e com brilho adequado;

Ambiente bem iluminado, evitando reflexos;

Postura correta, com pés apoiados no chão;

Óculos atualizados, de acordo com a prescrição do oftalmologista.

O tratamento varia conforme o estilo de vida e as necessidades de cada pessoa. “Alguns melhoram com ajustes simples, enquanto outros precisam investigar ressecamento ocular, grau não corrigido ou outras condições associadas”, afirma Ferrari.

A oftalmologista ressalta a importância da avaliação periódica: identificar o problema cedo evita que o desconforto se torne parte da rotina.

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