Redação Plenax – Flavia Andrade
O presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, esteve nesta segunda-feira (24) em Belo Horizonte ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para marcar o início oficial do Programa Gás do Povo, que começou simultaneamente em 10 capitais brasileiras. A iniciativa tem como objetivo atender famílias de baixa renda e ampliar o acesso ao gás de cozinha com preço subsidiado.
Segundo Sergio, o primeiro dia do programa foi marcado por organização e engajamento das revendas. “Das quase 60 mil revendas no Brasil, cerca de 7 mil já estão credenciadas na Caixa e aptas a entregar o gás aos beneficiários. Nessa primeira fase, estamos bem assistidos. Vamos monitorar, via Ouvidoria, se alguma área ficou descoberta e trabalhar para engajar outros revendedores. Estamos satisfeitos e acreditamos que temos um bom começo”, afirmou.
Ele destacou que o setor ainda está se ajustando às novas demandas e que os desafios variam conforme as características regionais. “O governo fixou um preço estadual para remunerar todos os revendedores. Cada estado tem mercados distintos, com densidades demográficas e custos diferentes. Para alguns, a adesão pode ser mais vantajosa do que para outros. Ainda assim, distribuidoras e parceiros estão acompanhando de perto”, explicou.
Sobre a possibilidade de aumento da demanda, Sergio garantiu que as distribuidoras estão prontas para investir, desde que haja “segurança jurídica e regulatória para prestar esse serviço social adicional ao serviço público que já é oferecido”.
Combate à pobreza energética
Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que 23% da matriz energética residencial brasileira ainda depende da lenha. Esse cenário impacta diretamente a saúde: cerca de 24 milhões de pessoas sofrem com problemas respiratórios causados pela queima de lenha e carvão em ambientes fechados, resultando em mais de dez mil mortes anuais.
O Programa Gás do Povo foi criado justamente para enfrentar a pobreza energética e reduzir o uso de lenha e carvão no preparo de alimentos.
Além de Belo Horizonte, o programa começou a funcionar em outras nove capitais: Salvador (BA), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Belém (PA), Recife (PE), Teresina (PI), Natal (RN), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP).

