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Presidente celebra menor índice de desmatamento em Unidades de Conservação na Amazônia desde 2008

Floresta Nacional do Tapajós, Unidade de Conservação localizada no estado do Pará - Foto: Ricardo Stuckert/Secom-PR

Da Redação

Na comparação com os números registrados no ano passado, recuo foi de 31%. Em relação a 2022, queda chega a 74%

O Brasil registrou, entre agosto de 2024 e julho de 2025, resultados históricos no combate ao desmatamento em Unidades de Conservação (UCs) Federais. De acordo com os dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve queda expressiva tanto na Amazônia (31%) quanto no Cerrado (45%) em relação ao mesmo período do ano passado. 

Entre agosto de 2024 e julho de 2025, 134 quilômetros quadrados de desmatamento foram registrados em unidades de conservação federais da Amazônia e 31 quilômetros quadrados no Cerrado, apontando para a viabilidade de cumprimento da meta do Brasil de desmatamento zero até 2030. O índice é o menor registrado para a Amazônia e o segundo menor para o Cerrado desde a criação do Instituto, em 2007. Em comparação a 2022, a queda é de 74% na Amazônia e 62% no Cerrado. 

O anúncio foi celebrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que definiu a conquista, numa postagem nas redes sociais, como “fruto do trabalho sério do ICMBio e do compromisso do Governo do Brasil em zerar o desmatamento até 2030”. 

DIVERSA E SOBERANA — Lula expressou ainda que o resultado decorre do papel fundamental dos povos originários e comunidades tradicionais, que há séculos protegem e cuidam da floresta em seus territórios. “Em poucos dias terá início a COP30, onde o Brasil vai apresentar ao mundo uma Amazônia viva, diversa e soberana. Lá, mostraremos que é possível cuidar da floresta garantindo dignidade e oportunidade para quem vive e cuida dela”, escreveu. 

Guiada por esta máxima, a visita do presidente, acompanhado pela ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) e pelo ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), incluiu diálogo com os quilombolas, semelhante ao que ocorreu no domingo (2/11), quando Lula e ministras visitaram a Comunidade Jamaraquá, uma das 26 comunidades da Floresta Nacional do Tapajós, e a Aldeia Vista Alegre do Capixauã, onde escutaram reivindicações e anunciaram ampliação de acesso a programas federais. 

PAPEL ESTRATÉGICO — Os números consolidam o papel estratégico das áreas protegidas no enfrentamento da crise climática. Isso porque os ecossistemas preservados absorvem carbono da atmosfera e o armazenam na biomassa e no solo. Ou seja, manter essas áreas preservadas evita a liberação de grandes quantidades de gases de efeito estufa. 

ESTABILIDADE CLIMÁTICA — A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) destacou a importância das Unidades de Conservação para a proteção dos biomas brasileiros e da biodiversidade. “Ao manter serviços ecossistêmicos — estabilidade climática e regulação das chuvas —, as UCs beneficiam toda a sociedade e a própria economia brasileira”, pontuou. 

AMPLIAÇÃO DE ÁREAS — Nesta perspectiva, o governo brasileiro retomou a política de fortalecimento das Unidades de Conservação (UCs) federais, com a criação ou ampliação de 14 áreas desde 2023, nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado, além de áreas marinho-costeiras, somando cerca de 550 mil hectares. Além disso, 59 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) foram criadas neste período. 

MENSAGEM — “Às vésperas da COP, a mensagem que levamos aos chefes de Estado e à sociedade global é simples e firme: investir na criação, ampliação e consolidação das Unidades de Conservação é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a mudança do clima”, enfatizou o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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