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Pólipo, cisto ou mioma? Entenda quando a alteração exige atenção e o que dizem os especialistas

Foto: Reprodução

Redação Plenax – Flavia Andrade

Quando o assunto é saúde da mulher, qualquer alteração detectada em exames pode gerar preocupação. Entre os achados mais comuns estão pólipos, cistos e miomas — condições diferentes, mas frequentemente confundidas. Saber identificar cada uma delas é fundamental para garantir diagnóstico correto e tratamento adequado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pólipo é um crescimento anormal de tecido que se projeta a partir de uma membrana mucosa. Isso significa que ele pode surgir em diversas regiões do corpo, como nariz, intestino, estômago e útero. Apesar do susto inicial, a maior parte dos casos é benigna.

O ginecologista Dr. Marcos Tcherniakovsky, diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), destaca que alterações hormonais estão entre as principais causas do desenvolvimento de pólipos.
“A presença do pólipo não deve ser motivo de desespero e tampouco indica câncer. O fundamental é realizar uma avaliação médica detalhada. Localização, tamanho e morfologia são determinantes para definir a conduta”, explica.

Cisto: formação líquida que pode passar despercebida

Ao contrário dos pólipos, cistos são bolsas cheias de líquido que se formam dentro ou sobre os ovários. Muitas mulheres convivem com eles sem apresentar sintomas, já que podem surgir e desaparecer naturalmente ao longo do ciclo menstrual.

“Alguns cistos desaparecem com o uso de anticoncepcionais, mas quando isso não ocorre, a videolaparoscopia pode ser indicada”, esclarece o especialista.

O acompanhamento é essencial.
“O ideal é monitorar após a menstruação. Se o cisto persistir por meses ou apresentar crescimento, exames complementares devem ser solicitados. A rotina ginecológica é uma aliada poderosa e não deve ser negligenciada”, reforça o médico.

Miomas: tumores benignos, mas que exigem atenção

Já os miomas são tumores benignos formados no músculo do útero. Embora comuns, nem sempre provocam sintomas. Quando surgem, podem causar:

Sangramento uterino aumentado

Dores pélvicas

Desconforto durante a relação sexual

Sensação de inchaço

Cólicas intensas

Infertilidade

Eles são mais frequentes em mulheres em idade reprodutiva, período de maior atividade hormonal.

Endometriose x adenomiose: diferenças importantes

O Dr. Marcos também esclarece duas condições frequentemente confundidas:

Adenomiose: ocorre quando o tecido endometrial invade a musculatura do útero.

Endometriose: acontece quando o tecido endometrial se instala fora do útero, geralmente na pelve ou no abdômen.

Ambas provocam dores intensas, sangramento aumentado, cólicas incapacitantes e podem impactar a fertilidade.

Sinais de alerta que não devem ser ignorados

Segundo o especialista, alguns sintomas indicam a necessidade de investigação médica:

Atrasos menstruais

Dores persistentes na região pélvica

Cólicas mais fortes do que o habitual

Sangramentos irregulares

“Exames de imagem e, quando necessário, biópsias são essenciais para identificar riscos e orientar o melhor tratamento”, conclui.

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