Redação Plenax – Flavia Andrade
A economia brasileira registrou leve avanço de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com o trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo IBGE. O resultado, considerado estável pelo instituto, marca a 17ª expansão consecutiva do Produto Interno Bruto (PIB).
Na comparação anual, o PIB cresceu 1,8% frente ao terceiro trimestre de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta chega a 2,7%, totalizando R$ 3,2 trilhões em bens e serviços produzidos.
Indústria lidera crescimento; serviços ficam estáveis
Entre os setores, a indústria apresentou o melhor desempenho, com alta de 0,8%, seguida pela agropecuária (0,4%). Já o setor de serviços, o mais representativo da economia, ficou praticamente estável, com variação de 0,1%.
Dentro dos serviços, os destaques positivos foram:
Transporte, armazenagem e correio: +2,7%
Informação e comunicação: +1,5%
Atividades imobiliárias: +0,8%
Segundo a analista do IBGE, Claudia Dionísio, o bom desempenho dos transportes está ligado ao maior escoamento de produtos da indústria extrativa e do agronegócio.
O comércio avançou 0,4% no trimestre.
Desempenho industrial
A indústria cresceu puxada por:
Indústrias extrativas: +1,7%
Construção: +1,3%
Transformação: +0,3%
O único recuo veio do segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, com queda de 1%.
Despesas: governo acelera e investimento avança
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias ficou praticamente estável (0,1%), enquanto o consumo do governo cresceu 1,3%.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) — indicador de investimentos — avançou 0,9%, refletindo aumento na capacidade produtiva.
O que é o PIB
O PIB representa o total de bens e serviços finais produzidos em um país, estado ou município em determinado período. O indicador é usado para medir o comportamento da economia e permite comparações nacionais e internacionais.
O cálculo considera apenas o valor final dos produtos, evitando dupla contagem. Também incorpora os impostos embutidos nos preços. Embora relevante, o PIB não reflete fatores como distribuição de renda, bem-estar social ou qualidade de vida.

