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Parceria pioneira oferece cirurgias plásticas reparadoras gratuitas para vítimas de violência no RS

Na foto: o procurador-geral de Justiça do Estado, Alexandre Saltz (esq.) com Mohamed Parrini, CEO do Hospital Moinhos de Vento (dir.). Foto: Leonardo Lenskij

Redação Plenax – Flavia Andrade

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e o Hospital Moinhos de Vento firmaram, nesta terça-feira (18), uma parceria inédita para oferecer cirurgias plásticas reparadoras gratuitas a vítimas de crimes violentos. É a primeira vez que uma iniciativa une um hospital de referência e o Ministério Público em um programa estruturado de atendimento voluntário e especializado.

Os encaminhamentos para os procedimentos serão realizados exclusivamente pelo MPRS, enquanto médicos do corpo clínico do Hospital Moinhos de Vento atuarão de forma voluntária, reforçando o caráter social e humanitário da ação.

A assinatura do termo de cooperação contou com a presença do CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, do procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, da superintendente de Estratégia e Mercado do hospital, Melina Schuch, do chefe do Serviço de Cirurgia Geral, Artur Seabra, e da coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e de Apoio às Vítimas (Caocrim), Alessandra Moura Bastian da Cunha.

O projeto garante atendimento qualificado e humanizado a pessoas em situação de vulnerabilidade, com procedimentos realizados sem custo. A operação é imediata e tem como foco devolver dignidade, autoestima e bem-estar às vítimas.

Para o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, a iniciativa representa um avanço na proteção das vítimas.
“São poucas as vozes que defendem as vítimas de violência. Temos a certeza de que estamos dando um passo muito importante, e queremos que esse trabalho seja exemplo para outros hospitais do Estado e do país”, afirmou.

O CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, reforçou o compromisso social da instituição.

“Quando recebemos a proposta do Ministério Público, abraçamos a ideia de imediato. Infelizmente, a condenação do agressor não encerra o ciclo de dor. Agora, teremos a oportunidade de contribuir para elevar a autoestima dessas mulheres e transformar suas trajetórias”, destacou.

Como funciona o projeto

Batizado de REPARADOR, o programa surgiu a partir de um grupo de trabalho entre o MPRS e o Instituto Moinhos Social, que identificou a necessidade de atender vítimas — principalmente mulheres em situação de violência doméstica — que, mesmo após receberem apoio jurídico e assistencial, permaneciam com marcas físicas que dificultam o processo de reconstrução emocional e social.

Segundo a superintendente de Estratégia e Mercado do hospital, Melina Schuch, o projeto representa o compromisso do Moinhos de Vento de ir além da assistência tradicional.

“Médicos voluntários do corpo clínico irão atuar diretamente nas cirurgias, colocando conhecimento, dedicação e estrutura a serviço de quem mais precisa”, afirmou.

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