Redação Plenax
Temperaturas elevadas intensificam ondas de calor e desconfortos da fase, a ginecologista Loreta Canivilo orienta como amenizar os efeitos
A menopausa é um processo natural da vida feminina que marca o fim do período reprodutivo, geralmente entre os 45 e 50 anos. A queda dos níveis hormonais, especialmente de estrogênio, provoca uma série de alterações físicas e emocionais, como ondas de calor, insônia, ressecamento da pele, secura vaginal, depressão, variações de humor, ganho de peso, diminuição da libido e sensação de fraqueza.
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, muitos desses sintomas tendem a se intensificar. Isso ocorre porque o calor externo potencializa os mecanismos internos de termorregulação, tornando as ondas de calor mais frequentes, intensas e prolongadas. Segundo a ginecologista Loreta Canivilo, essa combinação pode melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de mulheres que já convivem com os efeitos da menopausa.
“A elevação da temperatura no verão atua diretamente sobre o centro regulador de calor no cérebro, que já é mais sensível durante a menopausa. Por isso, os episódios de fogachos podem se tornar mais desconfortáveis”, explica Loreta Canivilo.
Hábitos que ajudam a aliviar os sintomas
Apesar do desconforto, algumas atitudes simples podem reduzir os impactos da menopausa durante os dias mais quentes:
Utilização de roupas leves e de tecidos naturais;
Hidratar-se constantemente;
Praticar atividades físicas regulares;
Priorizar alimentos naturais e ricos em nutrientes;
Reduza o consumo de cafeína, bebidas alcoólicas e comidas muito picantes.
De acordo com Loreta Canivilo, essas medidas ajudam a estabilizar a temperatura corporal, melhorar o humor e favorecer o equilíbrio metabólico. “Pequenas mudanças na rotina geram grandes resultados. A alimentação adequada e a hidratação, por exemplo, têm impacto direto na redução das ondas de calor e da irritabilidade”, reforça a médica.
Tratamentos e reposição hormonal
Nos casos em que os sintomas são mais intensos, a programação hormonal pode ser uma alternativa eficaz. O tratamento, porém, deve ser sempre prolongado com acompanhamento médico criterioso. Os principais hormônios utilizados são estrogênio e progesterona, mas a testosterona também pode ser indicada em situações específicas, assim como as versões modernas da terapia, incluindo o uso de gestrinona.
“Cada mulher vive a menopausa de maneira única e nem todas as mulheres podem fazer ajustes hormonais. Por isso, antes de iniciar qualquer programa é necessário realizar uma avaliação completa, levando em contato com histórico médico, exames atualizados e necessidades individuais”, orienta a médica Loreta Canivilo.
A reforçar que, quando bem indicada e acompanhada, a programação hormonal reduz significativamente os desconfortos, melhora o sono, aumenta a libido e contribui para o bem-estar geral do paciente.

