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Natal sem drama: estratégias para lidar com encontros familiares conflituosos

Foto: Freepik

Redação Plenax – Flavia Andrade

As festas de fim de ano costumam alimentar a expectativa de encontros harmoniosos, mas a realidade de muitas famílias envolve tensões antigas e convivências marcadas por conflitos. Para algumas pessoas, o Natal pode se tornar um gatilho emocional justamente por reunir parentes que passam o ano evitando desgaste.

“Essas reuniões concentram fatores que aumentam o estresse: proximidade física, expectativas altas e assuntos sensíveis que podem emergir”, explica Danielle Admoni, psiquiatra da infância e adolescência, supervisora da residência de Psiquiatria da Unifesp e especialista pela ABP.

Ajustar expectativas é o primeiro passo

Segundo a médica, abandonar a ideia do “Natal perfeito” reduz cobrança e frustração. “Quando ajustamos as expectativas, ficamos menos vulneráveis a decepções e mais preparados para imprevistos”, afirma.

Limites protegem a saúde emocional

A psiquiatra recomenda que cada pessoa estabeleça limites claros — tanto de tempo quanto de temas que pretende evitar. Planejar a duração da permanência, criar “estratégias de saída” e priorizar interações mais leves ajudam a manter o equilíbrio.
“Se existe histórico de conflito, lembre-se de que é um encontro pontual, que dura algumas horas. E não entre na armadilha de tentar vencer todas as discussões”, orienta.

Não dá para mudar o outro, mas dá para controlar a reação

Focar em comportamentos controláveis é fundamental. Técnicas simples, como respiração profunda e pequenas pausas durante o evento, ajudam a interromper a escalada de estresse.

O objetivo, reforça a especialista, não é afastar familiares, mas tornar o encontro mais saudável, com expectativas realistas e respeito ao limite de cada um.

E quando o ambiente é tóxico?

Em situações em que o convívio é emocional ou psicologicamente inseguro, não comparecer também é uma escolha legítima. “Preservar-se é uma atitude saudável quando o ambiente oferece risco ao bem-estar”, conclui Admoni.

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