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MS avança na transformação digital do SUS e reforça alinhamento com a Rede Nacional de Dados em Saúde

Fotos: Ascom/SES

Redação Plenax – Flavia Andrade

Mato Grosso do Sul deu mais um passo na modernização da gestão em saúde ao participar, nesta segunda (25) e terça-feira (26), da 3ª Oficina do Projeto de Federalização da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), realizada no Rio de Janeiro. O encontro reúne estados de todo o país para discutir interoperabilidade, integração de sistemas e padronização de informações no SUS.

Promovida pelo Ministério da Saúde, por meio da Seidigi, em parceria com a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e apoio do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Conass e Conasems, a oficina integra o eixo Informação e Informática e aprofunda estratégias para que estados e municípios adotem um fluxo unificado de dados.

Em Mato Grosso do Sul, o processo ganhou novo impulso com a Resolução SES nº 495, de 11 de novembro, que criou o Grupo de Trabalho Estadual da Federalização da RNDS, responsável por planejar e acompanhar as ações alinhadas às diretrizes nacionais.

A secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, destaca a importância do alinhamento estratégico.
“A transformação digital não é apenas tecnologia — exige governança, integração e planejamento. A federalização da RNDS fortalece a transparência, qualifica a tomada de decisão e amplia a capacidade de resposta do SUS. Estar na oficina é essencial para avançarmos de forma estruturada”, afirma.

Para a superintendente de Saúde Digital da SES e responsável estadual pelo processo, Márcia Tomasi, o momento é decisivo.
“Estamos avançando em uma pauta que exige padronização e cooperação entre as esferas do SUS. A federalização representa uma virada de chave na forma de produzir e compartilhar dados, garantindo mais segurança, continuidade do cuidado e eficiência”, destaca.

O projeto nacional está organizado em quatro eixos — institucional, governança, informação e informática, e comunicação. Oficinas anteriores, realizadas em Brasília e João Pessoa, debateram os domínios Institucional e Governança. A próxima etapa ocorre em fevereiro de 2026, no Pará.

Segundo o consultor técnico do DataSUS, Josélio Queiroz, o objetivo central é harmonizar o fluxo de dados enviados ao Ministério da Saúde e ampliar a disponibilidade das informações em tempo oportuno, com foco também no alinhamento entre gestores. A iniciativa deve fortalecer a vigilância, aprimorar o planejamento e melhorar o atendimento à população.

O que é a RNDS

Criada pelo Decreto nº 12.560, a Rede Nacional de Dados em Saúde é a plataforma de interoperabilidade do Ministério da Saúde, reunindo hoje cerca de 2,4 bilhões de registros — de exames e atendimentos a prescrições e vacinação. Com a federalização, esses dados passam a ser centralizados e disponibilizados em tempo real aos estados.

A RNDS segue as diretrizes da LGPD, garantindo segurança, privacidade e acesso restrito a profissionais autorizados. A interoperabilidade permite que equipes de saúde consultem rapidamente o histórico clínico de pacientes via SUS Digital Profissional, reduzindo retrabalhos, acelerando diagnósticos e evitando exames repetidos.

Gestores utilizam informações agregadas para formular políticas públicas, enquanto cidadãos acessam seus próprios registros pelo aplicativo Meu SUS Digital. A integração e a padronização de dados fortalecem a inovação, aprimoram a comunicação entre serviços e ampliam a capacidade do SUS de responder a emergências em saúde.

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