Redação Plenax – Flavia Andrade
Estimativa para o PIB segue em 2,16% no próximo ano
O mercado financeiro voltou a reduzir a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC), a previsão passou de 4,45% para 4,43% em 2025.
Para os anos seguintes, as expectativas também foram ajustadas: 4,17% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028.
Esta é a terceira semana consecutiva de recuo nas estimativas, movimento influenciado pelo resultado do IPCA de outubro — o menor para o mês em quase 30 anos. Com isso, a projeção voltou a ficar dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (limites entre 1,5% e 4,5%).
A queda na conta de luz foi o principal fator que derrubou o índice em outubro, que fechou em 0,09%, após registrar 0,48% em setembro. No acumulado de 12 meses, a inflação está em 4,68%, abaixo de 5% pela primeira vez em oito meses, mas ainda acima do teto da meta.
Juros básicos seguem em 15% ao ano
Para controlar a inflação, o Banco Central mantém a taxa Selic como seu principal instrumento. Atualmente em 15% ao ano, a taxa foi mantida nas últimas três reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
Apesar da estabilidade, o BC não descarta uma nova alta, citando incertezas no cenário internacional — especialmente na economia dos Estados Unidos — e a inflação brasileira ainda acima do centro da meta.
O boletim Focus projeta que a Selic terminará 2025 em 15%, com queda prevista para os anos seguintes: 12% em 2026, 10,5% em 2027 e 9,5% em 2028.
Taxas mais altas tendem a encarecer o crédito e reduzir a demanda, contribuindo para controlar a inflação. Já cortes na Selic geralmente tornam o crédito mais acessível, estimulando o consumo e a atividade econômica.
