Posted in

Iphan amplia área tombada em Petrópolis e inclui unidades fabris históricas na proteção federal

Foto: Acervo Iphan

Redação Plenax – Flavia Andrade

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou, nesta terça-feira (25/11), a expansão do tombamento da antiga “Avenida Koeler: Conjunto Urbano-Paisagístico”, que agora passa a se chamar “Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis”. A decisão, tomada durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, amplia de forma significativa a área protegida e reforça uma visão mais abrangente sobre o valor histórico e paisagístico da Cidade Imperial.

A rerratificação redefine os limites do tombamento, incorpora áreas antes tratadas apenas como entorno e estabelece novas diretrizes de preservação. Com isso, a área protegida passa a abranger tanto elementos urbanos quanto naturais, fortalecendo a leitura integrada do território. Segundo a conselheira relatora do processo, Tânia Nunes Galvão Verri, a ampliação consolida “a relevância do trecho que já estava sob a jurisdição do Iphan, deixando de ser mera área de entorno para se tornar o próprio valor preservado”. Ela destacou ainda que nenhum imóvel tombado foi excluído durante a revisão.

Entre as novidades, entram para o conjunto tombado as encostas cobertas pela Mata Atlântica, reconhecidas como parte essencial da paisagem histórica de Petrópolis, além de estruturas do Complexo Fabril de Cascatinha, como a chaminé, pavilhões industriais, estação ferroviária, usina e pontes antigas. A Vila Operária da Fábrica de Tecidos Cometa também teve a área de proteção ampliada, que agora inclui as ruas Padre Feijó e Coronel Batista. As chamadas Casas Djanira, Ana Mayworn e as residências da Rua Cardoso Fontes foram redefinidas com limites mais precisos.

A revisão também manteve trechos dos rios dentro da área tombada, garantindo coerência com o atual contexto urbano. Para o Iphan, a atualização representa uma mudança expressiva na forma de compreender o patrimônio local: mais do que proteger edificações isoladas, passa-se a preservar o território em sua integralidade — sua paisagem, sua memória industrial e sua relação com o meio ambiente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error

Enjoy this blog? Please spread the word :)