Da Redação
Oficina “Contos e Cantigas” une música e narrativa oral e acontece em novembro na CAsa de Cultura
Entre cantos e palavras, histórias e melodias, nasce o projeto “Contos e Cantigas”, uma oficina que une música, literatura e oralidade em um mesmo palco de afetos. Realizada pelo Instituto Curumins, com execução das artistas Marta Cel e Conceição Leite, a atividade acontece nos dias 13, 20 e 27 de novembro, das 17h às 19h, e 29 de novembro, das 9h às 11h, na Casa de Cultura. A oficina é gratuita e as inscrições devem ser feitas pelo telefone 67 996282337 (Anamaria Santana).
Voltada a professores, educadores sociais, contadores de histórias e demais interessados, a oficina propõe não apenas o aprendizado técnico da contação, mas também um reencontro com a arte de ouvir e compartilhar. Ao final, os participantes se apresentam ao público, formando um coro de narrativas e canções.

Para Conceição Leite, a proposta é fruto de uma longa parceria. “Contos e Cantigas é um projeto que eu e a Marta desenvolvemos há muito tempo. A Maria Rita, nossa pianista, também faz parte dessa história. Eu gosto muito de contar histórias, e elas, como musicistas, trazem a força da música para dentro da narrativa. Assim, unimos nossas artes em oficinas e apresentações”, exemplifica.
A música, nesse contexto, é mais do que trilha, é também a alma do projeto. “A música tem uma força emocional e simbólica que amplia o alcance das narrativas. Quando combinada à contação, cria atmosferas, intensifica sentimentos e torna a experiência mais rica e participativa”, explica Marta Cel.
Além disso, a oficina busca incentivar a criação de histórias autorais, convidando cada participante a revisitar memórias e dar voz às próprias vivências. “Cada pessoa carrega um repertório único. Quando alguém cria e compartilha sua própria história, amplia a diversidade de narrativas e mantém viva a tradição oral, que está sempre em transformação”, completa Marta.
Mais do que ensinar a contar, o projeto quer multiplicar narradoras e narradores, formar uma rede que leve as histórias adiante, para escolas, bibliotecas, praças e projetos sociais. “Vemos a necessidade de ampliar o número de pessoas interessadas em se tornar contadoras de histórias. É uma arte que aproxima, emociona e educa”, reflete Conceição.
Em um mundo cada vez mais digital, “Contos e Cantigas” propõe um retorno à escuta e à presença. Um convite para sentar em roda, ouvir com o corpo inteiro e lembrar que, antes de qualquer tecnologia, era a voz quem tecia o tempo.
Este projeto conta com investimento da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Governo Federal, através do MinC (Ministério da Cultura), operacionalizado pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundac (Fundação Municipal de Cultura).
