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IA como facilitadora de rotinas, não vilã: especialista alerta para uso consciente da tecnologia

Foto: Divulgação

Da Redação

Em um cenário cada vez mais moldado pela tecnologia, as inteligências artificiais (IAs) ganham espaço como ferramentas indispensáveis no dia a dia. Uma pesquisa realizada pela Ipsos e o Google mostrou que em 2024 o Brasil registrou 54% dos entrevistados como usuários IA generativa enquanto a média global ficou em 48%. No entanto, o uso indiscriminado e pouco consciente desses sistemas tem gerado uma preocupação crescente entre especialistas: a possível “precarização” do raciocínio lógico humano.

Para Marco Giroto, especialista em Inteligência Artificial e fundador da rede de escolas de programação e robótica SuperGeeks, é preciso olhar para a IA com mais equilíbrio. “A inteligência artificial não é uma vilã. Ela é uma ferramenta muito útil, mas que precisa ser usada com consciência. O problema não está na tecnologia em si, mas na forma como as pessoas a utilizam no dia a dia”, afirma.

O especialista destaca que, quando utilizada sem critério, a IA pode sim levar a uma dependência cognitiva. “Estamos vendo jovens e adultos terceirizando até as tarefas mais simples de raciocínio para a IA. Isso, a longo prazo, pode comprometer habilidades essenciais como lógica, resolução de problemas e pensamento crítico”, explica.

Ao mesmo tempo, Giroto reforça que a tecnologia também pode ser uma aliada poderosa quando bem orientada, pois a IA é capaz de otimizar rotinas, ajudar na organização pessoal, aprimorar a produtividade e até estimular a criatividade. O importante é manter o usuário no controle, e não o contrário.

Na prática, isso significa promover o uso consciente desde cedo. Na SuperGeeks, por exemplo, os alunos são incentivados a entender como a IA funciona e como usá-la de forma ética e inteligente. A missão é formar não apenas consumidores, mas criadores de tecnologia.

“Queremos que as crianças saibam programar, questionar, pensar por si mesmas e usar a IA para potencializar suas ideias, não para substituí-las”, diz Giroto.

O avanço das inteligências artificiais é irreversível e exponencial, e o desafio agora é adaptar-se a essa nova realidade com senso crítico e propósito. Como conclui Giroto. A IA deve ser um trampolim para o desenvolvimento humano, não um atalho para a preguiça intelectual.

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