Redação Plenax – Flavia Andrade
Há uma década, a Expedição de Educação Ambiental no Pantanal, realizada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), transforma a vida de comunidades ribeirinhas nas regiões mais remotas do bioma. A ação, que chegou em 2025 à sua 10ª edição, leva atendimentos médicos e odontológicos, vacinação, distribuição de cestas básicas, roupas, kits de higiene, brinquedos e atividades educativas, consolidando-se como uma das maiores iniciativas socioambientais contínuas do país.
Neste ano, a expedição ocorreu entre 11 e 21 de novembro. Um dos momentos mais simbólicos aconteceu em Albuquerque, com a entrega de uma cadeira de rodas motorizada ao menino Igor — gesto que, segundo os organizadores, representa o espírito comunitário e humano da operação.
Três barcos, equipes multidisciplinares e alcance ampliado
A edição de 2025 reuniu três barcos-hotel, voluntários, equipes de saúde, educadores ambientais e policiais de várias unidades da PMA. A operação começou por terra, entre 11 e 15 de novembro, visitando Porto da Manga, Distrito de Albuquerque e Porto Esperança.
A partir do dia 16, seguiu pelo rio Paraguai, passando por Jatobazinho, Paraguai Mirim, São Lourenço e pela Aldeia Uberaba — onde funciona a Escola Estadual Indígena que encerrou a missão.

Este ano, a vacinação antirrábica de cães e gatos foi incluída nas ações, reforçando a prevenção de zoonoses nas comunidades atendidas.
Educação ambiental para todas as idades
Em cada parada, o Projeto Florestinha realizou atividades lúdicas, teatro de fantoches, palestras e jogos que abordam temas como proteção da fauna, preservação das águas, pesca legal, piracema e prevenção de incêndios florestais. A expedição também promoveu orientações sobre o uso responsável dos recursos naturais.
A logística e a programação pedagógica são conduzidas pela 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Corumbá, com apoio de policiais de outras subunidades do 1º Batalhão.
Uma história que começou pequena e se tornou referência
Criada em 2016 com apenas uma embarcação, a expedição evoluiu para uma ação robusta e estruturada que atende comunidades ribeirinhas, assentamentos e aldeias indígenas mesmo em condições climáticas adversas.
Em 2025, a iniciativa reuniu uma ampla rede de parceiros, como CACTVS, Agraer, Ministério Público do Trabalho, IASB, GPA, ECOA, Chalana Esperança, Unicesumar, União BR, Defesa Civil, SOS Pantanal e Fundação de Meio Ambiente do Pantanal — além da participação da Semadesc, acompanhando a expedição por meio do tenente-coronel QOPM Cleiton da Silva.
“Instrumento essencial de educação ambiental”
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destacou a importância da ação:
“Essa expedição representa um instrumento essencial de educação ambiental, aproximação comunitária e valorização do bioma. Ao apoiar a iniciativa e acompanhar de perto suas atividades, o Governo do Estado reforça a necessidade de políticas continuadas que fortaleçam a consciência ambiental, respeitem culturas tradicionais e promovam a sustentabilidade nas áreas mais sensíveis do Pantanal sul-mato-grossense.”

