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Governo proativo é o futuro da inovação pública

Foto: Divulgação

*Por Bruna Costa, Head de Produto SOGOV

O avanço da inovação no setor público, nos próximos anos, estará menos ligado às promessas futuristas e mais à capacidade dos governos de organizar sua infraestrutura básica. A grande tendência não é uma tecnologia inédita, mas a consolidação de sistemas interoperáveis, capazes de transformar o dado em ativo. O conceito de governo proativo, em que o cidadão não precisa repetir informações que o Estado já possui, deixa de ser distância ideal e passa a ser prioridade concreta. O caminho da inovação será guiado pela integração, pela redução de atritos e pela adoção inteligente da inteligência artificial como suporte e não substituições do trabalho humano.

A aplicação prática dessa visão já demonstra resultados consistentes. Municípios que decidiram começar pelo essencial centralizando dados, ordenando fluxos e eliminando retrabalhos, colhem ganhos mensuráveis. A organização do cadastro com base em informações oficiais da Receita Federal eliminou duplicidades e permitiu que todos os departamentos trabalhassem com a mesma fonte de verdade. Esse alinhamento interno tem impacto direto na agilidade. Processos que dependiam da movimentação física de documentos passaram a ser resolvidos em minutos, evoluindo eficiência ao servidor e claramente ao gestor. A população, mesmo aquela com menor familiaridade digital, passou a usufruir de uma transição híbrida: entra pelo atendimento presencial, mas acompanha o processo de forma digital, sem perder o contato humano inicial.

Os resultados financeiros confirmam o potencial de transformação dessa modernidade digital. Municípios de diferentes portas registraram economias anuais relevantes após organizarem seus fluxos e consolidarem suas informações. Essa economia não nasce de cortes, mas de eficiência. Quando a gestão deixa de perder tempo, energia e recursos em processos fragmentados, abre-se um espaço para recuperar receitas e investir no que realmente importa. Em cidades como Uruoca, Conde, Paulo Afonso e Camaragibe, a reorganização digital representou economias que variaram de pouco mais de um milhão a dezenas de milhões de reais, provando que inovação é, antes de tudo, uma decisão administrativa.

Apesar dos avanços, os desafios continuam grandes. Mais do que tecnológicos, eles são culturais e estruturais. A realidade da maioria das prefeituras brasileiras ainda inclui computadores antigos, internet assustadores e sistemas que não conversam entre si. A inovação precisa ser capaz de funcionar mesmo em cenários adversos, o que exige tecnologias leves, intuitivas e adaptáveis. Mas a resistência cultural é ainda mais complexa. Os gestos têm em alterar rotinas tradicionais e expor desorganizações internacionais que a digitalização costuma revelar. Os servidores da ponta recebem a transparência inerente aos sistemas digitais, onde cada ação deixa um registro claro. A legislação, por sua vez, está longe de ser o obstáculo; ao contrário, incentiva a modernização e oferece respaldo normativo. A trava, portanto, não está na norma, mas na postura.

O papel das empresas que atuam na transformação digital do setor público é mais do que fornecedores de tecnologia. É identificar boas práticas e conectá-las entre municípios, fomentando um ecossistema em que soluções já testadas podem ser replicadas e adaptadas com rapidez. A inovação governamental é também uma construção coletiva e distribuída, e não um produto que se instala.

As projeções para os próximos anos apontam para um cenário futuro: a maturidade digital será estratégica de sobrevivência administrativa. Municípios que não organizam seus dados, não integram seus sistemas e não adotam tecnologias básicas com eficiência perderão capacidade fiscal, competitividade e agilidade. Inteligência artificial e interoperabilidade se tornarão elementos naturais dos bastidores da gestão. Não para substituir pessoas, mas para eliminar desperdícios, reduzir a repetição de tarefas e devolver ao servidor o que ele mais precisa para produzir: tempo. E ao cidadão, o que ele mais espera: simplicidade.

*Bruna Costa é Head de Produto da SOGOV, desenvolvida pela Sogo Tecnologia, é uma plataforma completa que centraliza toda a rotina administrativa do órgão em uma única plataforma com foco em inteligência, transparência e economia, com todas as ferramentas possíveis para atender às demandas diárias.

Sobre o SOGOV

O SOGOV, desenvolvido pela Sogo Tecnologia, é uma plataforma completa que centraliza toda a rotina administrativa do órgão em uma única plataforma com foco em inteligência, transparência e economia, com todas as ferramentas fáceis para atender às demandas diárias. A solução chega para digitalizar todos os processos financeiros do setor público. Mais informações em: https://site.sogov.com.br/.

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