Da Redação
Empresa antecipa modelo de franquias para ampliar atuação regional num setor de franquias em expansão constante
A Global Work prepara-se para lançar, em 2026, um modelo de franquias voltado ao segmento de saúde ocupacional, como parte de seu plano estratégico que visa consolidar um ecossistema de serviços até 2028. A iniciativa pretende acelerar o acesso de empresas menores e médias a soluções integradas de saúde, segurança e bem-estar corporativo.
O mercado em que a Global Work se insere já mostra sinais favoráveis. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor de franquias registrou crescimento de 8,9 % no primeiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando faturamento de aproximadamente R$ 65,967 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou alta de 11,2 %, ultrapassando a receita de R$278 bilhões. Nesse período foram abertas 4,4 % mais unidades, fechadas 1,6 %, resultando num saldo positivo de 2,8 %. O total de operações chegou a 198.730 unidades.
No segundo trimestre de 2025, o desempenho do franchising manteve ritmo ascendente. O faturamento nominal cresceu 12,8 % frente ao mesmo trimestre de 2024, passando de R$ 54,253 bilhões para R$ 61,205 bilhões. No semestre, o setor acumulou alta de 15,8 %, com receita de R$ 121,766 bilhões versus R$ 105,107 bilhões no semestre anterior.
O segmento de saúde, beleza e bem-estar figura entre os mais relevantes no universo de franquias. No ranking das 50 maiores redes da ABF, saúde, beleza e bem-estar mantém a segunda posição por número de operações, com três marcas representadas entre as maiores redes nacionais.
Para Rodrigo Pires de Araújo, fundador e CEO da Global Work, o momento econômico e a dinâmica do mercado justificam a aposta. “O consumidor corporativo está exigindo cada vez mais modelos integrados que tragam retorno palpável em saúde, produtividade e redução de custos com absenteísmo e afastamentos”, afirma.
Atualmente, a Global Work já atende mais de 1.000 clientes e monitora a saúde de 70 mil colaboradores em empresas de diferentes portes. Rodrigo sustenta que a experiência acumulada validará a replicação do modelo via franquias, mantendo a qualidade padronizada e a inovação tecnológica como vetores centrais.
Rodrigo revela também que o ecossistema que servirá de base à franquia incluirá um aplicativo com funcionalidades de gamificação, monitoramento de hábitos, acompanhamento de indicadores de saúde e educação digital. Ele descreve o modelo como uma jornada digital guiada por avatares que auxiliarão o colaborador em saúde física, mental e segurança no ambiente de trabalho.
Além do mercado de franquias, o setor de saúde mostra-se robusto mesmo em cenários de desaceleração geral da economia. Um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) aponta que, enquanto o mercado de trabalho brasileiro recuou 0,6 % entre setembro e dezembro, a cadeia produtiva da saúde cresceu 0,1 % no mesmo período.
Rodrigo interpreta os dados como uma oportunidade estratégica. “Mesmo em momento de retração econômica, o setor de saúde mostra resiliência. Isso reforça nossa convicção de que franquias especializadas em saúde ocupacional têm capacidade de gerar valor e estabilidade para empreendedores e empresas clientes”, aponta.
A implementação do modelo será gradual, com unidades-piloto no primeiro semestre de 2026 e expansão planejada até 2028. A meta de longo prazo contempla também internacionalização da marca até 2030. Rodrigo enfatiza que a escolha por franquias não é apenas questão de escala, mas de disseminar uma nova cultura de gestão em saúde corporativa no país.
