Da Redação
Setor rodoviário lida com a alta complexidade tributária, mas está buscando soluções tecnológicas e de gestão para manter competitividade
Atualmente, o transporte rodoviário de cargas vem enfrentando desafios fiscais ao redor do país. “A complexidade das normas, a instabilidade tributária e o excesso de obrigações impõem custos operacionais mais elevados e desviam recursos que poderiam ser aplicados em eficiência e estratégia para maior competitividade”, destaca Célio Malavasi, diretor Executivo, da MXP Transportes, empresa especializada em soluções logísticas.
Segundo o profissional, com a recente discussão sobre a reforma tributária, o debate sobre os impactos das mudanças no setor logístico voltou a ser pauta. “Embora a simplificação do sistema seja vista como um avanço, ainda há incertezas quanto à implementação e aos efeitos reais. A falta de clareza em pontos da transição e a assimetria entre segmentos podem gerar distorções e ampliar a desigualdade competitiva”, alerta Malavasi.
De acordo com dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), os custos administrativos e tributários representam até 25% das despesas operacionais das transportadoras. “Nesse contexto, as empresas do setor buscam se adaptar por meio da automação de processos e da padronização de sistemas para analisar com mais agilidade e clareza estas mudanças”.
Para Célio Malavasi, entre as principais medidas adotadas estão o monitoramento constante da legislação municipal, estadual e federal, a emissão automática de documentos fiscais e o controle de fretes e pedágios em tempo real. “Treinamentos periódicos vêm se mostrando essenciais para reduzir erros humanos e otimizar a gestão administrativa. A adequação regulatória precisa ser vista não como um obstáculo, mas como um processo contínuo de melhoria. É o que garante a solidez da empresa e protege o negócio num cenário em constante transformação. Com a chegada da nova estrutura tributária, o desafio das transportadoras será transformar conformidade em vantagem competitiva, usando tecnologia e gestão integrada para equilibrar custos, eficiência e sustentabilidade”, finaliza o executivo da MXP.
