Da Redação
A diástase abdominal, conhecida como afastamento dos músculos retos abdominais, está em evidência e tem despertado cada vez mais dúvidas em consultórios médicos. O Dr. Wilson Cantero, cirurgião especializado em saúde do trato digestivo, explica que a condição é mais comum do que se imagina, afetando principalmente mulheres após a gravidez, mas também homens e pessoas que nunca tiveram filhos.
“Estamos vivendo uma verdadeira febre de casos e questionamentos sobre diástase. Muitos pacientes chegam preocupados apenas com a estética, mas é fundamental entender que ela pode trazer sérias consequências à saúde”, alerta o médico.

O que causa a diástase?
Segundo o especialista, a diástase ocorre quando a linha alba – tecido que une os músculos do abdômen – enfraquece e se estica. Entre as principais causas estão a gravidez, oscilações de peso significativas, exercícios mal executados e esforços excessivos.
Embora o abdômen estufado seja a queixa mais comum, a diástase pode provocar dores lombares, fraqueza do core, má postura, incontinência urinária e até o surgimento de hérnias, comprometendo a qualidade de vida.
Novas técnicas cirúrgicas
O tratamento pode começar de forma conservadora, com fisioterapia e exercícios específicos. Mas, em casos mais severos, a cirurgia é indicada. Dr. Cantero destaca duas técnicas modernas e eficazes:
M.I.L.A. (Minimally Invasive Laparoscopic Abdominoplasty): corrige a diástase por meio de pequenas incisões, com recuperação mais rápida e cicatrizes mínimas. Pode ser associada à lipoaspiração.
SCOLA (Subcutaneous Onlay Laparoscopic Approach): indicada para diástases acompanhadas de hérnias, reforça a parede abdominal com uma tela de sustentação, reduzindo o risco de recidivas.
Avaliação médica é indispensável
Cada caso é único, e somente uma avaliação detalhada pode definir o melhor tratamento. “Não se trata apenas de estética. Estamos falando de saúde, conforto e funcionalidade. Com as opções atuais, é possível devolver qualidade de vida e confiança ao paciente”, reforça o Dr. Cantero.