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Diálogo entre organizações e lideranças busca fortalecer ações que unem tecnologia, sustentabilidade e equidade

Foto: Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR

Da Redação

O Projeto Nanet — Democratizando a Tecnologia, iniciativa da Abong (Associação Brasileira de ONGs) em parceria com a Ação Educativa e o Ibase, com apoio da União Europeia, integra a programação oficial da COP 30 com uma atividade dedicada a discutir a intersecção entre tecnologia, meio ambiente e desigualdades sociais. Nesta terça-feira, 18 de novembro, às 10h, no Parque da Cidade de Belém, na Green Zone, reunirá pesquisadores, organizações e movimentos sociais para aprofundar o debate sobre o papel da sociedade civil na construção de um futuro digital e ambiental mais ético e inclusivo. O encontro é aberto ao público, sem a necessidade de credencial.

A roda de conversa “Racismo Ambiental e Algorítmico: perspectivas para uma agenda de Justiça” propõe uma reflexão sobre como estruturas históricas de poder se reproduzem tanto nas práticas tecnológicas quanto nas dinâmicas socioambientais, com impactos diretos sobre territórios, corpos e direitos. A partir de experiências regionais e referências internacionais, o encontro pretende identificar pontos de convergência entre agendas de direitos humanos, justiça climática e governança tecnológica, fortalecendo alianças e estratégias coletivas para o período pós-COP.

A roda de conversa contará com Tarcizio Silva (Desvelar), Thiane Neves Barros (CEDENPA — Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará) e Nathalia Purificação (jornalista/comunicóloga e Coordenadora de Comunicação da CONAQ), sob mediação de Juliane Cintra (Diretora Executiva da Abong e Coordenadora do Projeto Nanet).

“Levar o Projeto Nanet à COP 30 reforça nosso compromisso em evidenciar que tecnologia, clima e desigualdades fazem parte do mesmo debate. As estruturas que sustentam injustiças ambientais também moldam os sistemas digitais — e, quando algoritmos reproduzem desigualdades ou plataformas amplificam desinformação, são sempre os territórios vulnerabilizados que sofrem primeiro e mais intensamente. A sociedade civil precisa estar no centro dessas decisões, garantindo um futuro tecnológico e climático ético, inclusivo e orientado pelos princípios da justiça racial, com transparência e responsabilidade das grandes empresas de tecnologia”, afirma Juliane Cintra. 

Atuando em nove estados brasileiros, o Projeto Nanet promove formações, diálogos e mobilizações sobre direitos digitais, regulação de plataformas, justiça algorítmica, desinformação e os impactos sociais da inteligência artificial. Com foco em mulheres negras, juventudes, população LGBTQIA+ e coletivos periféricos, a iniciativa reafirma a urgência de uma governança da internet mais justa e democrática — agora conectando esse debate às demandas da ação climática global.

Serviço
Racismo Ambiental e Algorítmico: perspectivas para uma agenda de Justiça

Quando: 18 de novembro, às 10h 

Onde: Green Zone, COP 30 (R. Sen. Lemos – Souza, Belém – PA, 68447-000)

Acesso livre – sem necessidade de credencial

Fonte: Abong

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