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Dia Mundial da Prematuridade: o que mães podem fazer para lidar com culpa e fortalecer vínculo com o bebê

Foto: Reprodução

Da Redação

Psicóloga perinatal orienta mães sobre saúde emocional e vínculo com o bebê; Brasil tem índice de prematuridade acima da média global

O Brasil registra quase 12% de partos antes das 37 semanas, acima da média global de 10%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Dia Mundial da Prematuridade, marcado neste 17 de novembro, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo destaca que muitas mães enfrentam culpa e insegurança no início da vida do bebê, o que pode afetar o vínculo e a saúde emocional no período pós-parto.

“Muitas mães se questionam se poderiam ter feito algo diferente, mas é importante lembrar que a prematuridade envolve diversos fatores, muitas vezes fora de controle”, explica Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. 

A psicóloga reforça que acolher as próprias emoções é fundamental para enfrentar esse período. “Cuidar da saúde mental reflete diretamente no bem-estar do bebê. Informação, rede de apoio e atenção às próprias necessidades ajudam as mães a atravessarem esse momento com mais equilíbrio”.

Veja 5 dicas que podem auxiliar as mães nesse período de adaptação, segundo a psicóloga:

1) Busque informações confiáveis
Entender as necessidades do bebê prematuro ajuda a reduzir a ansiedade. Converse com a equipe médica sobre os cuidados essenciais e evite fontes não confiáveis, que podem gerar mais insegurança.

2) Aceite ajuda
Os cuidados diários e o período de internação podem ser exaustivos. Divida tarefas com a sua rede de apoio, como familiares ou amigos. Pedir ajuda é importante para preservar o seu equilíbrio físico e emocional. 

3) Pratique o método canguru
Sempre que possível, mantenha o bebê em contato direto com sua pele. O método canguru fortalece o vínculo, contribui para o desenvolvimento do bebê e ajuda na regulação térmica, sendo uma prática muito valiosa para mães de prematuros.

4) Cuide da saúde emocional
A culpa é um sentimento comum, mas precisa ser acolhido. A sociedade impõe à mãe a ideia de controle total, mas essa visão não reflete a realidade. Buscar suporte psicológico ajuda a lidar com essas emoções e evita que elas se tornem um peso excessivo.

5) Confie no instinto materno
Além de seguir as orientações médicas, a intuição da mãe é uma aliada importante. Cada bebê é único, e a percepção materna sobre as necessidades do filho é um recurso valioso para fortalecer o vínculo.

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