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“COP 30 é um evento de Justiça Climática, não apenas um encontro internacional sobre o clima”, diz especialista

Foto: Divulgação

Da Redação

Simpósio Regional da AASP debate cenário ambiental sobre a perspectiva da Advocacia

Com a COP 30 marcada para ocorrer no Brasil em 2025, o tema ambiental ganhou destaque no 24º Simpósio Regional AASP. O painel abordou as expectativas em torno do evento internacional e discutiu o protagonismo do país nas negociações climáticas globais, especialmente no equilíbrio entre desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental.

Durante as apresentações, especialistas analisaram o papel do Direito Ambiental e das políticas públicas na implementação dos acordos climáticos e na assessoria jurídica de empresas diante das novas exigências regulatórias. As discussões reforçaram a importância da Advocacia na promoção de práticas sustentáveis e na preparação para os desafios que a COP 30 trará ao cenário jurídico e empresarial brasileiro.

Com mediação de Camila Vargas do Amaral, Advogada e Conselheira da AASP, o painel discutiu o que esperar da COP 30 e como ela afeta nosso dia a dia.  “O tema nunca esteve tão recente como agora. É muito importante a movimentação que está ocorrendo em Belém para o cumprimento das medidas climáticas. A AASP tem o compromisso com a agenda ambiental e não poderia deixar de trazer essa pauta, que é global”, comenta.

Daniela Libório, Advogada e especialista em Políticas Ambientais e Globalização, compartilhou a importância da visão de gênero nas negociações climáticas. “A crise climática não atinge a todos da mesma forma. Estudos mostram que as crises climáticas podem levar 158 milhões mais mulheres e meninas em pobreza extrema em 2015. Além disso, uma em cada cinco mulheres abrigadas já sofreu algum tipo de violência. De acordo com o relatório da ONU, quando desastres climáticos extremos ocorrem, mulheres e crianças têm quatorze vezes mais probabilidade de morrer do que os homens, principalmente devido ao acesso limitado à informação, à mobilidade restrita, à capacidade de tomada de decisões e aos recursos limitados”.

Rodrigo Jorge Moraes, Advogado, Presidente do Movimento de Defesa da Advocacia e especialista em Direito Ambiental, abordou temas como mudança climática, desequilíbrio climático, soluções, perspectivas e possíveis cenários. “A COP 30 é um evento de Justiça Climática, e não apenas um encontro internacional sobre o clima”, reforça.

Ainda segundo o especialista, as questões climáticas não encontram fronteiras e estão interligadas. “Devido ao seu tamanho continental e à sua legislação ambiental considerada muito boa internacionalmente, o Brasil tem a obrigação de se destacar na defesa desse tema”, comenta.

A COP 30 terá início dia 10 de novembro, segunda-feira, com o intuito de reunir representantes para dialogar sobre o presente cenário e debater soluções para mitigar a crise climática global.  

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