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Como a inteligência artificial está transformando a tomada de decisão no agronegócio da carne suína

Foto: Divulgação

Da Redação

Ferramentas de IA, dashboards inteligentes e machine learning já auxiliam consultores a prever cenários, antecipar crises e orientar investimentos no setor

O agronegócio da carne suína está vivendo uma revolução silenciosa e tecnológica. Se antes a tomada de decisão dependia de análises humanas e da experiência acumulada, hoje o futuro do setor passa por um novo protagonista: a inteligência artificial. Consultores empresariais estão adotando sistemas capazes de cruzar grandes volumes de dados, simular cenários de mercado e antecipar gargalos na cadeia produtiva.

De acordo com Paulo Duque, consultor na área frigorífica e CEO do Rei da Linguiça, a tecnologia vem redefinindo o papel do consultor especializado em proteína animal. “O consultor do futuro não trabalha mais apenas com planilhas e relatórios. Ele precisa interpretar dados complexos em tempo real, prever movimentos de oferta e demanda e orientar as empresas com base em análises preditivas. A inteligência artificial é o que torna isso possível”, afirma.

Inclusive, nos bastidores das consultorias mais inovadoras do setor, já é comum o uso de dashboards inteligentes que integram informações de toda a cadeia suína, desde o custo do milho e da soja, usados na alimentação dos animais, até o comportamento do consumidor final no varejo. Com apoio de algoritmos de machine learning, esses sistemas identificam padrões e ajudam a prever crises de abastecimento, oscilações de preços e oportunidades de investimento.

“Quando conseguimos antecipar movimentos de mercado, evitamos perdas e garantimos mais eficiência em toda a cadeia. A IA não substitui o consultor, mas amplia sua capacidade de análise e torna a tomada de decisão muito mais precisa”, explica Duque.

Além de orientar decisões operacionais, a tecnologia também vem mudando o modo como as consultorias planejam o futuro do negócio. Plataformas de simulação permitem testar cenários de crescimento, identificar gargalos logísticos e até projetar o impacto de políticas ambientais ou sanitárias no mercado da carne suína. Com esses modelos preditivos, é possível avaliar o impacto que uma quebra de safra ou uma nova regulação pode ter sobre os custos de produção, o que dá às empresas uma vantagem competitiva enorme.

Para Paulo Duque, o maior desafio agora é democratizar o acesso à inteligência artificial entre produtores e pequenas indústrias. “As grandes empresas já estão investindo forte em automação e análise de dados. O próximo passo é levar essas ferramentas também aos médios e pequenos players, que são fundamentais para o equilíbrio da cadeia produtiva”, defende.

O futuro do agronegócio da carne suína, segundo o executivo, será cada vez mais digital, e o consultor, cada vez mais estratégico. “Quem entender que a IA é uma aliada e não uma ameaça vai sair na frente”, conclui.

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