Redação Plenax – Flavia Andrade
Com juros elevados, incerteza nos prazos de pagamento e dificuldade de acesso ao crédito, a antecipação de precatórios tem ganhado força como alternativa para quem precisa de liquidez imediata. Empresas especializadas registram crescimento expressivo na procura, e o movimento tem transformado a prática em uma ferramenta de gestão financeira cada vez mais comum entre credores.
A PJUS, líder nacional no segmento, confirma a tendência e relata aumento significativo no número de pessoas interessadas em vender seus títulos. Entre elas está Márcia Cristina dos Santos, 54 anos, agente de saúde de Campina Grande (PB). Endividada e sem previsão de quando receberia o precatório da prefeitura, ela encontrou na antecipação uma forma de retomar o controle do orçamento.
“Consegui quitar pendências que vinham se acumulando e aliviar a pressão das contas. Hoje tenho mais tranquilidade para planejar o futuro”, afirma.
Márcia conheceu a PJUS pela internet e se surpreendeu com a atuação nacional da empresa, que compra precatórios em todo o país, inclusive em regiões onde esse tipo de operação ainda é pouco difundido. “Desde o primeiro contato, fui atendida com clareza e segurança. Em poucos dias concluímos tudo com tranquilidade”, relata.
Histórias como a dela refletem a realidade de milhares de brasileiros que possuem valores a receber do poder público, mas seguem enfrentando dívidas com juros altos por desconhecerem a possibilidade de antecipar seus créditos.
Embora a venda envolva um deságio, especialistas apontam que a operação pode valer a pena diante da incerteza provocada pela Emenda Constitucional 136/2025 (PEC 66/2023), que alterou o cronograma de pagamento dos precatórios. Em muitos casos, o benefício de quitar dívidas caras ou evitar execução judicial supera a espera indefinida pelo recebimento integral.
“Em um cenário de juros elevados e restrição de crédito, a antecipação se consolida como uma ferramenta inteligente de gestão financeira”, afirma Fernando Kalil, CEO da PJUS. Segundo ele, cresce no país a tendência de “monetização de ativos judiciais”, que deve se intensificar nos próximos anos. “Converter um direito em liquidez, com deságio menor que as taxas de crédito convencionais, pode ser decisivo para famílias e empresas que buscam sair do vermelho”, explica.
O interesse crescente dos credores se reflete nos números da empresa: a PJUS ultrapassou R$ 100 milhões em negociações em apenas um mês, resultado que marca um novo patamar para o setor e reforça a antecipação de precatórios como um instrumento moderno de liquidez e previsibilidade financeira.

