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Bioinsumos avançam no hortifrúti, impulsionam produtividade e elevam a segurança alimentar

Foto: Divulgação

Redação Plenax – Flavia Andrade

A horticultura brasileira vive um período de forte dinamismo, marcado por avanços tecnológicos, mas também por desafios crescentes. Oscilações climáticas, aumento da competitividade e instabilidade de preços têm pressionado a rentabilidade dos produtores em diferentes regiões do país. Diante desse cenário, os bioinsumos ganham espaço como alternativa estratégica para elevar a produtividade, reduzir perdas e atender às exigências de um mercado cada vez mais atento à segurança alimentar.

“Apesar da diversidade de culturas na horticultura e na fruticultura, muitos agricultores enfrentam margens abaixo do esperado, impactados por fatores climáticos, mudanças nos canais de comercialização e ajustes estruturais, como questões tributárias e de gestão”, explica Renato Costa, gerente regional de especialidades da Biotrop.

Segundo ele, o produtor tem pouca influência sobre os preços praticados no mercado. “A área cultivada tende a se manter estável. O que faz diferença é investir de forma inteligente, adotando tecnologias que aumentem a produtividade e reduzam perdas. É aí que estão as oportunidades reais de ganho”, afirma.

Segurança alimentar como diferencial

O avanço do consumo consciente e a crescente demanda por alimentos seguros e sustentáveis têm acelerado a adoção de soluções biológicas no segmento de hortifrúti. Os bioinsumos, além de contribuírem para o desempenho agronômico das lavouras, atendem a exigências ambientais e sanitárias cada vez mais rigorosas.

“Os produtos de HF vão direto para a mesa do consumidor. Os biológicos se destacam porque aliam eficiência no campo, responsabilidade ambiental e maior segurança para o aplicador. Eles atuam desde a fisiologia da planta até o controle de pragas e doenças, além de favorecerem a durabilidade pós-colheita”, destaca Renato Costa.

Manejo fitossanitário com base biológica

Na prática, os resultados já são visíveis em grandes operações do setor. Otacílio Filho Alves de Anchieta, gerente agronômico do Departamento Técnico de Proteção de Plantas da Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora de melão do mundo, afirma que o manejo fitossanitário da empresa é baseado majoritariamente em soluções biológicas.

“Conseguimos praticamente eliminar problemas com fungos de solo e nematoides sem o uso de produtos químicos, apenas com manejo biológico do solo. No controle de lagartas, como Spodoptera e Helicoverpa, os biológicos também são fundamentais. Já a mosca-minadora, principal praga atualmente, é controlada 100% sem químicos, com extratos botânicos e agentes biológicos”, explica.

Segundo Otacílio, a mudança trouxe ganhos expressivos em segurança, eficiência e sustentabilidade, além de permitir um planejamento produtivo de longo prazo. “Isso reflete diretamente na qualidade do fruto e na segurança alimentar, garantindo excelência tanto para o mercado interno quanto para o externo”, ressalta.

Rentabilidade e inovação no campo

A Biotrop, referência nacional em soluções biológicas e naturais para a agricultura, tem ampliado investimentos em culturas especiais. Entre as tecnologias voltadas ao hortifrúti, destaca-se o biofungicida multissítio Bombardeiro, indicado especialmente para os estágios finais de produção, período crítico para evitar perdas e assegurar qualidade ao consumidor.

“É uma solução inovadora, que protege frutos e hortaliças sem risco de resíduos, algo essencial próximo à colheita. O produto oferece segurança, eficácia e estabilidade no manejo, impactando diretamente a rentabilidade do produtor”, afirma Renato Costa.

Para Otacílio, a adoção bem-sucedida do manejo biológico exige mudança de mentalidade. “Muitas vezes o produtor busca soluções rápidas e pontuais, quando o verdadeiro avanço está em uma visão integrada do sistema. É preciso consistência, paciência e repetição do manejo para alcançar resultados sólidos ao longo do tempo”, conclui.

Com ganhos em produtividade, sustentabilidade e segurança alimentar, os bioinsumos se consolidam como uma das principais ferramentas para o futuro do hortifrúti brasileiro.

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