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Água de reuso: de solução tecnológica a causa de impacto social

Foto: Divulgação

Da Redação

O Brasil, que concentra cerca de 12% da água doce do planeta, vive um paradoxo: a abundância hídrica contrasta com a crise de abastecimento em diversas regiões. O dado é da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que há anos alerta para a necessidade de medidas mais estruturantes e sustentáveis no uso do recurso. Nesse cenário, o reuso da água surge não apenas como uma solução tecnológica, mas como uma pauta de conscientização que precisa ganhar protagonismo nas discussões públicas.

Adotar práticas de reuso vai além da gestão eficiente, trata-se de um compromisso coletivo com a preservação de recursos naturais, capaz de reduzir pressões sobre mananciais e assegurar água para usos prioritários, como o consumo humano.

Segundo a própria ANA, o potencial de reuso no Brasil ainda é pouco explorado diante das necessidades crescentes de setores como indústria, agricultura e saneamento. Nesse contexto, a conscientização sobre a água de reuso tem papel estratégico: sensibilizar gestores públicos, empresas e a sociedade civil sobre a importância de quebrar paradigmas, superar resistências culturais e ampliar o debate em torno da circularidade hídrica.

Um dos exemplos que reforçam esse movimento é a atuação da Aquapolo Ambiental, maior empreendimento de água de reuso do Hemisfério Sul, que desde 2012 demonstra na prática como a inovação pode se aliar à sustentabilidade. A experiência contribui para inserir o tema no centro das discussões sobre segurança hídrica e resiliência urbana, inspirando novas políticas e soluções.

“Por aqui, o processo de reuso começa com o tratamento tradicional do esgoto, que em seguida passa por etapas avançadas de purificação até atingir a qualidade necessária para atender grandes demandas industriais. Esse ciclo mostra, na prática, como é possível reduzir a pressão sobre mananciais naturais e, ao mesmo tempo, garantir uma fonte estável de água para setores estratégicos. É um exemplo de como tecnologia e gestão podem caminhar juntas para mudar a forma como lidamos com a água.”, afirma Márcio José CEO da Aquapolo

Transformar o reuso em prática cotidiana não depende apenas de infraestrutura, mas de um engajamento coletivo que entenda o real valor da água e o fato de se tratar de recurso finito. A conscientização nesse campo busca exatamente isso: pautar, educar e mobilizar a sociedade para que a água de reuso deixe de ser exceção e se torne parte do futuro sustentável do país.

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