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Dimitri Pellz faz shows em Corumbá, Campo Grande e Dourados para comemorar 20 anos

Foto: Divulgação

Da Redação

Tour Feroz vai às 3 cidades com músicas inéditas e os clássicos

O Dimitri Pellz está vivo — e feroz. Vinte anos depois de nascer das guitarras, dos porões e das ressacas criativas de uma geração, a banda sul-mato-grossense celebra duas décadas de ruído e resistência com a Tour FEROZ, que passa por Corumbá (22/11), Campo Grande (28/11) e Dourados (29/11). Três shows gratuitos e acessíveis que não são apenas uma comemoração, mas uma espécie de rito de passagem: o reencontro de uma matilha que nunca deixou de farejar o próprio som.

Em Corumbá, o show será no dia 22 de novembro, às 20 horas, na AABB, na Rua Edu Rocha, Bairro Aeroporto; na segunda maior cidade de Mato Grosso do sul, a celebração acontece no Espaço Casulo, localizado na Rua Reinaldo Bianchi, 398 – Parque Alvorada; em Campo Grande será na na Rua 14 entre a Antônio Maria Coelho e Maracaju, em frente ao Pizza Pub.

Turnê Feroz celebra 20 anos de banda – Foto: Divulgação

Em 2005, quando o Dimitri surgiu, era mais uma combustão do que uma banda. Um experimento entre amigos apaixonados por rock, cinema, literatura e por uma certa ideia de desordem criativa. De lá pra cá, foram festivais, coletivos, hiatos, gritos e o mito crescente de um som que sempre se recusou a morrer.
“Creio que eu quis dizer de voltar a integrar essa gravidade onde nós e o público nos relacionamos em camadas do sensível… onde tudo pode acontecer, se ordenar e desordenar”, diz Maíra Espíndola, vocalista e alma em combustão. “Estamos resgatando músicas perdidas e a interação com nossos glorioses convidades promete bagunça, caos e revolução”.

Entre o caos e a memória, o Dimitri reencontra a própria pulsação. “A fama da Dimitri tocar sempre foi muito particular pela junção dos músicos”, explica Jean Albernaz, baterista, que hoje mora no Rio de Janeiro. “Eu nunca fui técnico, sempre procurei meu jeito de tocar — pesado, dançante. O Heitor com o baixo, o Samambaia no teclado, a Maíra escrevendo do canto do estúdio… era uma química estranha, mas viva. Toda vez que volto a tocar com eles, tento linkar o Jean de hoje com o Jean de ontem. É inevitável não sentir uma certa síndrome de impostor — e é isso que torna tudo real”.

Mesmo longe, Jean segue como o pulso do grupo — físico e emocional. “Tocar essas músicas vinte anos depois é intenso. Vêm retratos, memórias, cenas antigas. Às vezes dá a impressão que a gente vai desmoronar no palco, é só chorar. Mas é disso que o show se alimenta — desse impacto emocional. Porque as músicas ainda conversam, continuam vivas.”

André Samambaia, tecladista, também reflete sobre esse tempo. “Não sei se o Dimitri está fechando um ciclo ou abrindo um novo”, admite. “Mas nos ensaios, toda vez que a gente se junta, vem uma vontade de fazer algo novo. A saudade é um motor poderoso.”
Ele fala com ironia e ternura sobre a cena independente: “Mudou tudo — o público, o contexto, a política, e a gente também, nas ideias e nas juntas. Hoje o rolê de banda é mais marginal, menos coletivo. Tivemos o privilégio de viver um tempo de coesão, de experimentos, de fazer parte de algo que se construía junto. É outro mundo agora.”

Mas o espírito de criação segue indomado. “No Dimitri, sempre foi comum fazer música nova quando a gente deveria estar ensaiando o que já existe”, confessa Samambaia. “E isso ainda acontece. O caos é produtivo. É a regra não escrita da banda”.

Turnê Feroz celebra 20 anos de banda – Foto: Divulgação

A Tour FEROZ não é só um reencontro com o público — é um espelho da própria história da música autoral sul-mato-grossense. “A cena sempre foi algo que a gente levantou como bandeira”, diz Jean. “Ter uma banda que sempre foi autoral, que acredita na força do que é próprio, é quase um ato político. É muito mais legal ver o público cantando algo que não existia antes da gente do que um cover do Rolling Stones. É sobre acreditar no que nasce dentro, e não no que vem pronto”.

Os Alquimistas fazem o show de abertura – Foto: Divulgação

Os três shows contam com a abertura da banda Os Alquimistas — um trio de rock de garagem de Campo Grande, com atitude, irreverência e instrumentos antigos, que se afirma como voz da cena alternativa da capital sul-mato-grossense. Além disso, a tour traz participações especiais: Bosco Batera (também chamado Bosco Martins), lenda viva do rock regional, e Fran Cavalheri, artista da dança contemporânea e mente inventiva, ambas performances que prometem alargar o som, o corpo e o ritual.

Dani Vallejo faz participação na turnê – Foto: Divulgação

A turnê reúne velhos e novos cúmplices: Dani Vallejo, Bosco Batera, Fran Cavalheri e o trio Os Alquimistas, além de Letz Spíndola, Adriel Santos e Pedro Laurentino, nomes que atravessaram a história da banda. E se o Dimitri é feito de encontros, essas noites serão celebrações do improviso e da vertigem — um retorno que não busca glória, mas continuidade.

O projeto é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (MinC), e operacionalizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de MS.

DIMITRI PELLZ é:
Maíra Espíndola – Vocal
André Samambaia – Teclados
Heitor Teixeira – Baixo
Jean Albernaz – Bateria
Michelle Meza – Guitarra

Produção: Letz Spíndola
Som: Adriel Santos
Registro: Pedro Laurentino
Fotografia: Ana Carolina Fonseca
Maquiagem: Nara Forato
Stylist: Dimitri Pellz
Redes Sociais: Laynara Rafaela

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