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Saúde reprodutiva: especialista destaca avanços e desafios da fertilidade

Foto: Reprodução

Da Redação

Com o aumento da média da idade para a maternidade e novas formações familiares, o acompanhamento preventivo faz toda a diferença para a saúde reprodutiva do casal. Entenda!

A saúde reprodutiva vai muito além da capacidade de gerar filhos; ela representa o bem-estar físico, mental e social em todos os aspectos ligados ao sistema reprodutivo. O tema, que por muito tempo foi cercado de tabus, ganha novos contornos em um cenário social e tecnológico em transformação.

Com famílias formadas por diferentes constituições e o aumento do número de mulheres que escolhem a maternidade após os 30 anos, o especialista Dr. Renato Fraietta ressalta que o planejamento, o acompanhamento médico e o acesso à informação são pilares fundamentais para uma vida reprodutiva saudável e segura.

Segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,6 filho por mulher, um reflexo de transformações sociais e culturais que vêm ocorrendo desde a década de 1970. Nesse mesmo levantamento, a média da idade gestacional chegou a 28,1 anos, evidenciando o adiamento da maternidade como uma tendência consolidada.

“A escolha por ser mãe tem acontecido cada vez mais tarde. Com mais acesso à informação e educação sobre saúde e sexualidade, os casais conseguem se planejar melhor para o futuro, priorizando tanto o bem-estar emocional quanto o preparo físico”, destaca Fraietta.

As principais barreiras

Para os homens, as alterações genéticas ou desequilíbrios hormonais podem afetar a produção e a função dos espermatozóides, bem como, a pressão e a ansiedade pela dificuldade em ter filhos; além disso, é importante considerar o estilo de vida. “Maus hábitos como tabagismo e alcoolismo reduzem significativamente a qualidade do sêmen. Outro alerta importante é o uso indiscriminado de testosterona exógena, comum em academias e entre praticantes de musculação”, orienta o especialista.

Já entre o público feminino existem diversas possíveis causas para a infertilidade. “Apesar de o adiamento da maternidade ser uma escolha legítima, é importante lembrar que a qualidade dos óvulos diminui com o passar do tempo, e a probabilidade de infertilidade cresce a partir dos 30-35 anos. Condições como ovulação irregular, endometriose, distúrbios da tireoide ou uso de determinados medicamentos também podem interferir no sucesso da gestação”, explica ainda.

O acompanhamento regular com o especialista pode ajudar a identificar possíveis sinais de infertilidade, minimizando os riscos à saúde do homem e da mulher, por exemplo, espermograma e dosagem hormonal para o controle da saúde masculina e a ultrassonografia transvaginal, a histerossalpingografia (teste de permeabilidade tubária) e a dosagem hormonal para a saúde feminina.

Para quem deseja realizar o sonho de aumentar a família, as técnicas de reprodução assistida estão entre as principais alternativas. “É fundamental buscar um profissional de confiança que acompanhe o casal desde a anamnese até a definição do tratamento mais adequado, considerando as características e expectativas individuais”, finaliza.

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