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Especialista ensina como fazer um churrasco de respeito, para evitar ser o primo que queima a carne no domingo

Crédito: Divulgação

Da Redação

No dia 24 de Abril, é comemorado o Dia do Churrasco. Para os brasileiros, não é só uma refeição, mas uma verdadeira reunião de lazer. Seja para um almoço de domingo, aniversário ou para as famosas “resenhas”, a carne na grelha é sempre a melhor opção. Esse costume é tão enraizado na nossa cultura, que o churrasco gaúcho foi considerado cultura imaterial do Brasil, conforme dito pelo portal Globo Rural. Apesar de parecer simples e comum, um bom churrasco exige conhecimento, da escolha dos ingredientes ao ponto ideal de cada corte.

Tudo começa com a escolha da churrasqueira (ou improvisar uma). Não é preciso ter uma churrasqueira de alvenaria ou equipamento profissional para fazer um bom churrasco. Modelos portáteis, elétricos ou até mesmo uma grelha sobre tijolos podem dar conta do recado, desde que haja cuidado com a segurança e controle do calor. “O importante é garantir uma base estável e usar carvão de boa qualidade. A grelha deve estar a cerca de 30 cm da brasa, com calor forte, mas sem labaredas”, orienta Eliane Londrina, professora e especialista em churrasco do Instituto Gourmet.

Acender a churrasqueira pode parecer simples, mas muitos churrascos começam a dar errado justamente nessa etapa. A recomendação é usar acendedores próprios (sólidos ou líquidos) e evitar produtos como álcool ou gasolina, que são perigosos e comprometem o sabor da carne. A professora indica que a melhor brasa é aquela uniforme, sem chamas altas, formada depois de 30 a 40 minutos do acendimento.

Vamos para a famigerada escolha das carnes? Temido por muitos, esse é um dos momentos principais para garantir uma carne suculenta no prato ao final do processo. Cortes como fraldinha, picanha, contrafilé e costela são clássicos, cada um com seu sabor e tempo ideal de preparo. “Ao escolher a peça de carne, verifique o marmoreio, que são aquelas ‘linhas brancas’ na carne. Elas são um grande indicativo de maciez e sabor”, explica Eliane. Evitar carnes com cor esbranquiçada ou odor forte também é fundamental.

Apesar de tradicional, o sal grosso não é o único tempero para carnes de churrasco. Marinadas com ervas, alho e azeite podem ser interessantes para cortes mais grossos ou carnes brancas, como frango, peixe e suínos. A especialista indica que tempere a carne com antecedência para que a carne descanse e absorva melhor os sabores.

Já na grelha, é preciso cuidado para alcançar o ponto certo da carne, para não ficar crua ou borrachuda. Carnes mais nobres como picanha devem ficar no máximo 5 a 7 minutos de cada lado, dependendo de sua espessura. Já a costela exige preparo lento e prolongado, podendo levar de 4 a 6 horas no fogo brando para atingir a maciez e o sabor ideais. Em ambos os casos, é preciso ter paciência e atenção. Virar a peça só uma vez e respeitar o tempo de descanso após sair do fogo faz toda a diferença no resultado final.

Mas nem só de carne vive o churrasco. É importante investir nos acompanhamentos, opções como pães de alho, legumes assados e queijo coalho são uma ótima pedida e que agrada a todos, inclusive para que aquele amigo vegetariano não fique de fora! Para completar o prato clássico de churrasco, um arroz soltinho, com feijão tropeiro e vinagrete são indispensáveis e vão garantir elogios para o anfitrião.

No fim das contas, churrasco bom é aquele que junta gente, risada e cheirinho de fumaça no ar. Com uma carne bem escolhida e paciência na grelha, dá para fazer bonito até na primeira tentativa. E se rolar aquele tropeiro caprichado e um pão de alho crocante, então, é sucesso garantido. No Dia do Churrasco, o que vale mesmo é celebrar do jeito mais brasileiro possível — em volta da brasa, comendo bem e curtindo a companhia.

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