Da Redação
Com foco em apoiar programas voltados à melhoria de moradias, o Circuito Urbano 2025 ocorre em outubro e conta com a participação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) na promoção das atividades
A ONU-Habitat promove anualmente o Outubro Urbano, um espaço no qual países, cidades, comunidades, indivíduos e instituições debatem sobre como melhorar a qualidade de vida nas cidades. Em 2018, o projeto contou com a primeira edição do Circuito Urbano, uma iniciativa para dar visibilidade e apoio institucional para os programas voltados ao desenvolvimento dos polos urbanos. O período se inicia com o Dia Mundial do Habitat no começo do mês e se encerra com o Dia Mundial das Cidades, celebrado em 31 de outubro.
No ciclo deste ano, a autarquia é responsável por cinco sessões ao longo do mês. Com foco em sustentabilidade, habitação e inovação, os temas das pautas cumprem seu objetivo em três trilhas do evento: Dados, inovação e cidades inteligentes; Ação climática e meio ambiente urbano; e Moradia adequada no centro do planejamento urbano.
No dia 1º, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) abriu a programação do Circuito Urbano 2025, com o painel Cidades Justas e Sustentáveis: Inovação e Inteligência Colaborativa, conduzido por Pedro Schultz, chefe de gabinete do CAU/BR. Participaram do encontro a assessora especial da Presidência do CAU/BR, Sandra Marinho, que apresentou o Observatório ATHIS; a diretora do Departamento de Estruturação do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (DEDUM/MCID), Cristiana Scorza, que detalhou o programa Cidades Melhores; e a assessora técnica do Ministério das Cidades, Helen Nunes, responsável pelo Programa Capacidades.
Discutir habitação e qualidade habitacional é essencial para fortalecer o debate sobre o direito à moradia digna e o papel das cidades na promoção da equidade social. A iniciativa, que integra a agenda global da ONU para o desenvolvimento urbano sustentável, estimula reflexões sobre soluções acessíveis, inovadoras e inclusivas para enfrentar os desafios da urbanização.
A próxima participação do CAU/BR será nesta quarta-feira, 8 de outubro, com o tema Boa Vista: Caminhos para Cidades Justas e Sustentáveis.
Ao promover a integração com o CAU/BR, o Circuito Urbano se torna um espaço estratégico para pensar políticas e práticas que melhorem as condições de moradia, reduzam desigualdades e ampliem o acesso a ambientes seguros, saudáveis e adequados.
CAU/BR no Circuito Urbano 2025
(01/10) – Sessão 01 : Cidades Justas e Sustentáveis: Inovação e Inteligência Colaborativa
O primeiro painel promovido pelo CAU/BR ocorreu no dia 1° e trouxe como tema Cidades Justas e Sustentáveis: Inovação e Inteligência Colaborativa, conduzido por Pedro Schultz, Chefe de Gabinete do CAU/BR. A atividade reuniu especialistas e representantes institucionais para discutir como o uso estratégico de dados, aliado à inovação e à cooperação, pode fortalecer a construção de cidades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis no Brasil.
Fruto da parceria entre o CAU/BR e a Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (SNDUM) do Ministério das Cidades, o evento integra a programação do Circuito Urbano deste ano, que tem como tema Enfrentando Desafios Urbanos.
O painel contou com a participação da assessora especial da Presidência do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Sandra Marinho, que apresentou o Observatório ATHIS; da diretora do Departamento de Estruturação do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (DEDUM) do Ministério das Cidades, Cristiana Scorza, que detalhou o programa Cidades Melhores; e da assessora técnica do Ministério das Cidades, Helen Nunes, responsável por apresentar o Programa Capacidades.
A convergência entre essas plataformas foi o ponto central da discussão. A proposta é construir um ecossistema robusto em que dados reais, planejamento urbano integrado e formação continuada alimentem mutuamente as políticas públicas, otimizando recursos e democratizando o acesso à informação qualificada.
A transmissão do painel está disponível pelo link: Cidades Justas e Sustentáveis: Inovação e Inteligência Colaborativa
08/10 – Sessão 02: Boa Vista: Caminhos para Cidades Justas e Sustentáveis (19h às 21h)
Participantes: Graciete Guerra, Conselheira Federal (CAU/RO); José Daniel Craidy, Conselheiro Estadual (CAU/RS); Rogério Silva, Conselheiro Estadual (CAU/RO); Carla Tames, Conselheira Federal (CAU/RO); Felipe Fernandes, Vice-Presidente (CAU/RO); Mariana Vaz de Sousa, membro; Sergio Motta, Conselheiro Estadual (CAU/PE); Heverton Luiz Nascimento, Presidente do CAU/RO.
Link: Ao vivo no canal Circuito Urbano
A identificação e consolidação da relação entre o Patrimônio Cultural e as Mudanças Climáticas têm se mostrado fundamentais como diretriz da ação administrativa. Isso envolve não apenas a valorização, mas também a garantia de autonomia financeira e funcional dos órgãos responsáveis pela proteção e salvaguarda desse patrimônio. Da mesma forma, é essencial dispor de múltiplos instrumentos de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural material, capazes de atuar de forma articulada e eficiente diante das diferentes expressões culturais e de seus usos, sobretudo em contextos de impactos ambientais e eventos climáticos.
Nesse cenário, o CAU Brasil tem sido chamado a contribuir tanto no debate sobre a preservação do patrimônio material e imaterial presente nas cidades brasileiras quanto na reflexão sobre como proteger dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, assegurando sua adequada salvaguarda para as gerações futuras.
09/10 – Sessão 03: Habitação e Saúde dos Moradores e do Habitat (15h às 17h)
Participantes: Jeanne Versari, Conselheira Federal (CAU/PR); Ludmila Correia, Coordenadora da CPUA-CAU/DF; Dandara Brito, Presidente do CAU/AC; Mariana Cicuto, Conselheira Estadual (CAU/SP); Andréa Hamilton Ilha, Presidente do CAU/RS.
Link: Ao vivo no canal Circuito Urbano
O painel tem como propósito apresentar atividades desenvolvidas pelos CAU em diferentes estados do país, voltadas ao fomento de ações para melhorias habitacionais e à implementação da Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS). Os integrantes compartilharão iniciativas que evidenciam intervenções práticas e a identificação de carências físicas das moradias que afetam diretamente a saúde e a qualidade de vida da população. Além disso, serão debatidas políticas públicas que buscam reduzir as desigualdades urbanas e promover cidades mais inclusivas.
10/10 – Sessão 04: Melhorias Habitacionais, Meio Ambiente e Adaptação Climática (17h às 19h)
Participantes: Jeanne Versar, CPUA-CAU/BR; Renato Balbim, Pesquisador do IPEA; Claudia Pires, Arquiteta e Urbanista; Polyanna Omena, Arquiteta e Urbanista; Ana Clara Fonseca, Arquiteta e urbanista.
Link: Ao vivo no canal Circuito Urbano
O evento tem como finalidade apresentar experiências de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) e de entidades que, a partir do fomento do CAU, desenvolvem em diversos estados brasileiros ações voltadas à implementação de melhorias habitacionais e à Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS). As iniciativas destacam tanto a prevenção e mitigação de riscos quanto a recuperação de áreas impactadas por desastres ambientais, reforçando o papel da arquitetura e do urbanismo na promoção de cidades mais seguras e resilientes.
30/10 – Sessão 05: Proteção e Defesa Civil e Planejamento Urbano: Case do RS – CAU/SEDEC (15h00 às 16h30)
Participantes: Patrícia Sarquis Herden, Presidente do CAU/BR; Pedro Schultz, Chefe de Gabinete do CAU/BR; Juliana Zancul, Arquiteta e urbanista – Sedec/MIDR; Ademar Lopes, SEDEC/MIDR;
Link: Ao vivo no canal Circuito Urbano
O painel, realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) em parceria com a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), terá como pauta, no último dia de evento, a intersecção entre ação climática e o meio ambiente urbano, tema central do Circuito Urbano 2025. A partir das recentes catástrofes climáticas registradas no Rio Grande do Sul em 2024, o debate se voltará para a construção de estratégias nacionais integradas voltadas à redução e gestão de riscos de desastres, ao credenciamento de profissionais, à recuperação urbana resiliente e à apresentação de iniciativas já em andamento no território.
