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Comércio de Campo Grande terá horário especial na semana do Natal; confira as mudanças

Foto: Divulgação/Fecomércio

Redação Plenax – Flavia Andrade

Funcionamento será estendido na segunda e terça-feira, com ajustes na véspera e no dia 25

O comércio de Campo Grande segue em horário estendido desde o dia 9 de dezembro para atender ao aumento da demanda típico do fim de ano. Na semana do Natal, os estabelecimentos também funcionarão por mais tempo, oferecendo mais opções para os consumidores que deixaram as compras para a última hora.

A ampliação do horário foi definida após a formalização da convenção coletiva de trabalho entre o Sindicato do Comércio Varejista de Campo Grande (Sindivarejo CG) e o Sindicato dos Empregados no Comércio, que estabeleceu regras específicas para o período natalino.

De acordo com a Fecomércio, nesta semana o comércio funcionará até às 22h na segunda e na terça-feira. Já na véspera de Natal (24) e no dia 25, o horário será diferenciado. Na sexta-feira (26), o funcionamento retorna ao horário normal. Estabelecimentos localizados em hipercentros e shoppings seguem regras próprias, com horários específicos.

Reajuste salarial e novos benefícios

A convenção coletiva também definiu reajuste salarial de 7% para empregados que recebem acima do piso e atualizou os pisos da categoria. Os novos valores passam a ser de R$ 1.960,00 para empregados em geral; R$ 2.151,00 para comissionados; e R$ 1.767,00 para auxiliares do comércio, office boys e trabalhadores de serviços gerais.

O vale-alimentação foi reajustado para R$ 25,00 e ficou garantida a manutenção do benefício em casos de dispensa e recontratação pelo mesmo empregador ou grupo econômico, prevenindo alterações contratuais consideradas lesivas pela CLT.

Outro ponto relevante da negociação foi a aplicação da convenção em casos de terceirização. Segundo o gerente de Relações Sindicais da Fecomércio MS, Fernando Camilo, a medida busca coibir práticas irregulares, como a pejotização. “Algumas empresas estavam admitindo trabalhadores como pessoas jurídicas, o que é proibido e foge da normalidade do vínculo de emprego”, afirmou.

Também foram aprovados novos benefícios, como o Benefício Social Familiar, de adesão obrigatória, com contribuição mensal entre R$ 10 e R$ 20 por trabalhador, além da criação de convênio odontológico opcional, com custo aproximado de R$ 23,20, sendo R$ 6,00 pagos pelas empresas.

Expectativa de movimentação financeira menor

Apesar do esforço do setor, o comércio de Mato Grosso do Sul deve encerrar o ano com expectativas mais retraídas para o Natal e o Ano-Novo. Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), em parceria com o Sebrae-MS, aponta queda de 38% na movimentação financeira do fim de ano, que deve alcançar R$ 824 milhões, contra R$ 1,27 bilhão registrados no ano anterior.

Do total estimado, R$ 226 milhões devem ser destinados à compra de presentes, R$ 243 milhões às confraternizações de Natal e R$ 354 milhões às comemorações de Ano-Novo. Mesmo com gastos mais controlados, 69% dos entrevistados afirmam que irão presentear no Natal, com gasto médio de R$ 217,36 por pessoa.

Os produtos mais procurados continuam sendo brinquedos, roupas, eletrônicos e cosméticos. A maioria dos consumidores (78%) pretende comemorar o Natal, geralmente em encontros familiares, com gasto médio de R$ 206,35 em alimentação feita em casa. Já para o Ano-Novo, 80% afirmam que irão celebrar, com gasto médio de R$ 294,19, concentrado em alimentação, reuniões familiares e viagens curtas sendo que 64% dos que viajarão permanecerão no Estado.

Para a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira, o comportamento indica cautela. “O consumidor está mais prudente, busca equilibrar o orçamento sem abrir mão das tradições. O afeto permanece, mas com escolhas mais calculadas”, avalia.

O analista técnico do Sebrae-MS, Paulo Maciel, destaca os desafios para os pequenos negócios. “Mais da metade dos clientes prioriza qualidade e vantagens no pagamento à vista. As empresas precisam ajustar estoques e oferecer melhores condições para se manter competitivas”, conclui.

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