Redação Plenax – Flavia Andrade
O cineasta Cyrus Nowrasteh, diretor de Dark Horse, filme que retrata a trajetória do ex-presidente Jair Bolsonaro, falou publicamente pela primeira vez sobre o projeto. As gravações do longa foram concluídas neste mês.
Em entrevista à BBC Brasil, Nowrasteh afirmou que a produção busca apresentar um “retrato completo e honesto” de Bolsonaro. Segundo ele, um dos principais pontos de interesse para a narrativa foi o atentado sofrido pelo então candidato à Presidência, em 2018. “Havia muitas perguntas sem respostas em torno daquele episódio, e achei relevante explorá-las por meio do cinema”, declarou.
O diretor contou que estava envolvido em outro projeto no Brasil quando foi apresentado, por um produtor norte-americano, à produtora GoUp Entertainment, comandada por Karina Ferreira da Gama, e ao deputado federal Mário Frias (PL-SP), idealizador do filme.
“Eles queriam fazer algo sobre Bolsonaro. Fiquei impressionado com o Mário e com a paixão dele pelo projeto. Eu sabia que Bolsonaro era uma figura controversa e polarizadora — mas também muito querida”, afirmou Nowrasteh.
De acordo com o diretor, a narrativa do filme acompanha o personagem principal durante procedimentos cirúrgicos, a partir dos quais são reconstruídos episódios da trajetória política do ex-presidente por meio de flashbacks. A história culmina na última eleição presidencial.
“Vejo a obra como um thriller político contemporâneo, que pode ajudar a iluminar muito do que está acontecendo no Brasil hoje — e no mundo”, explicou.
O longa Dark Horse terá Jim Caviezel, conhecido pelo filme A Paixão de Cristo, no papel de Jair Bolsonaro.
