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“Enem dos Concursos”: Esther Dweck destaca representatividade e segurança jurídica no CPNU

Foto: Diego Campos / Secom / PR

Redação Plenax – Flavia Andrade

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, abordou os avanços e desafios do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), destacando sua importância para a criação de um serviço público mais diverso, representativo e com maior segurança jurídica. A titular da pasta enfatizou o caráter nacional e democrático do concurso, que, além de ampliar a inclusão, busca refletir a diversidade do Brasil.

“A grande alegria é ver o impacto positivo nas duas edições do CPNU, principalmente na questão da representatividade. Mais mulheres estão participando ativamente e, com isso, ampliamos a inclusão de todos os brasileiros e brasileiras no serviço público. Não é apenas um concurso, é uma política pública para ter um serviço público com a cara do Brasil”, afirmou Dweck.

Equidade de Gênero: Destaque para a Participação Feminina

Uma das principais conquistas do CPNU 2 foi a alta participação feminina, com 57,12% das candidatas avançando para a segunda fase, que envolve as provas discursivas. Isso reflete uma ação afirmativa voltada para a equidade de gênero e o fortalecimento do protagonismo feminino nas carreiras públicas.

Segurança Jurídica e Calendário de Homologação

A ministra também abordou a questão da segurança jurídica e a organização do calendário de homologação dos concursos, com destaque para o planejamento de modo a evitar impactos do período eleitoral. O cronograma do CPNU foi estruturado para garantir a homologação até março ou abril, permitindo que a maioria das vagas, que não requerem curso de formação, seja homologada logo após a terceira chamada.

“Estamos cuidando para que o cronograma seja cumprido, sem que o período eleitoral interfira. A maioria das vagas já pode ser homologada rapidamente, e aqueles cargos com curso de formação iniciarão em janeiro, com término previsto para abril, permitindo que as nomeações ocorram sem contratempos”, afirmou Dweck.

Preservação do Conhecimento e Sucessão do CPNU

Dweck também destacou o papel da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) na preservação do conhecimento técnico e operacional do CPNU, para garantir sua continuidade em governos futuros. “A ENAP será a memória do CPNU, e isso vai permitir que qualquer governo posterior dê continuidade ao concurso com a mesma qualidade”, ressaltou a ministra.

Perfil Diversificado e Inclusivo

A primeira edição do CPNU teve como resultado a inclusão de 24,5% de pessoas negras, 2,29% indígenas e 6,79% com deficiência, além de um forte representativo nacional, com aprovados de todas as 27 unidades da Federação e 908 municípios. O concurso também evidenciou a participação significativa de pessoas do interior, com 37% dos aprovados oriundos de 5.555 cidades.

“A aceitação foi impressionante, e a nossa expectativa é que a própria sociedade exija a continuidade do CPNU. Isso demonstra a importância de termos um serviço público com representantes de todos os cantos do Brasil, garantindo inclusão e equidade”, concluiu Dweck.

O CPNU, considerado o maior concurso público da história do país, representa uma verdadeira reconstrução da presença do Estado, fortalecendo os serviços essenciais e tornando-se um marco na história do funcionalismo público no Brasil.

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