Redação Plenax – Flavia Andrade
A presença do cascudinho (Alphitobius diaperinus) nos aviários segue como uma das principais preocupações da avicultura brasileira. Pequeno, resistente e de rápida reprodução, o besouro encontra nas granjas um ambiente perfeito para multiplicação: calor, umidade elevada e oferta constante de alimento. O resultado é prejuízo direto no desempenho das aves e na biosseguridade dos lotes.
“O problema vai muito além do incômodo. O inseto pode carregar doenças, atrapalhar o manejo sanitário e reduzir a produtividade”, explica Gabriela Romanzini, coordenadora de produtos da MCassab Nutrição e Saúde Animal.
Queda de desempenho e risco de condenação de carcaças
Segundo a especialista, quando as aves ingerem os besouros, ocorre irritação intestinal, queda na absorção de nutrientes e, consequentemente, piora no ganho de peso e na conversão alimentar. Em situações graves, o cascudinho pode ser encontrado no papo ou no trato digestivo no momento do abate, o que leva à condenação de carcaças e prejuízos comerciais.
Além disso, a praga também causa danos estruturais. Os besouros perfuram lonas, isolantes e outros materiais do galpão, elevando custos de manutenção e prejudicando a qualidade térmica do ambiente.
Estresse e impacto no bem-estar das aves
A infestação causa irritação e picadas, deixando as aves mais agitadas e gastando mais energia. “Ele se esconde em frestas, em camadas profundas da cama e migra facilmente entre aviários. Isso dificulta o controle, e o uso repetitivo dos mesmos inseticidas leva ao surgimento de resistência”, alerta Gabriela.
Solução natural desenvolvida no Brasil
Para enfrentar o problema, a MCassab desenvolveu o BioPAC CID Defense, uma solução biotecnológica 100% natural à base de metilxantina. O produto age no sistema nervoso de larvas e adultos, promovendo morte rápida sem gerar resistência — um dos maiores desafios do manejo químico tradicional.
A aplicação pode ser feita com as aves no galpão, sem risco de alergias para os operadores e sem deixar resíduos químicos em carne ou ovos.
“É um avanço importante para o setor, porque combina eficácia, sustentabilidade e segurança para toda a cadeia produtiva”, afirma Gabriela Romanzini.

