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Arraçoamento na maternidade: manejo nutricional das matrizes é decisivo para partos seguros e leitões mais saudáveis

Foto: Divulgação

Redação Plenax – Flavia Andrade

O manejo nutricional das matrizes suínas durante o pré, o parto e o pós-parto tem ganhado protagonismo na suinocultura moderna. A médica-veterinária Edryene Melo, da Auster Nutrição Animal, reforça que o cuidado com as fêmeas é determinante para o bem-estar, a eficiência reprodutiva e o desempenho dos leitões.

Segundo a especialista, a atenção à nutrição da matriz antes e depois do parto impacta diretamente a vitalidade dos leitões desmamados e a saúde do plantel.

“O manejo adequado influencia não só o bem-estar das fêmeas, mas toda a produtividade da granja”, afirma Edryene.

Restrição alimentar aumenta riscos no parto

Estudos recentes mostram que fêmeas submetidas à restrição alimentar ou jejum prolongado antes do parto apresentam maior risco de distocias. Partos longos elevam a ocorrência de natimortos, retenção de placenta e restos fetais, além de demandarem mais intervenções manuais — fatores que comprometem a futura performance reprodutiva.
Entre as consequências estão corrimentos, microabortos e queda na produção de leite.

Excesso também prejudica

O outro extremo também preocupa. Matrizes com escore corporal elevado têm mais dificuldades no parto.
“O excesso de alimentos pode prejudicar as contrações uterinas e gerar constipação, o que estreita o canal de parto e dificulta a passagem dos leitões”, explica Edryene.

Dieta equilibrada e acompanhamento individual

Para evitar esses problemas, a recomendação é clara: dieta balanceada e individualizada, com fibras, energia e minerais ajustados às necessidades de cada fêmea. No pós-parto, monitorar o consumo é fundamental para manter a produção adequada de leite.

A ingestão de água é outro ponto-chave. Tanto antes quanto depois do parto, a hidratação influencia o consumo de ração, o aproveitamento de nutrientes e o volume de leite produzido.

Parto mais seguro e recuperação eficiente

O parto é um momento crítico, e o uso de analgésicos — quando indicado — contribui para o controle da dor e para uma recuperação mais rápida.

Edryene reforça que o manejo cuidadoso das matrizes impacta diretamente indicadores essenciais da produção.

“Cuidar da fêmea na lactação é investir na saúde do plantel e na performance dos leitões”, conclui.

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