Redação Plenax – Flavia Andrade
A prévia da inflação oficial de novembro trouxe alívio: o IPCA-15 avançou 0,20% no mês e fez o acumulado em 12 meses recuar para 4,5%, exatamente o limite superior da meta definida pelo governo.
Em outubro, o índice acumulado estava em 4,94%. Esta é a primeira vez desde janeiro de 2025 que o indicador retorna ao intervalo da meta. O ponto mais alto do ano havia sido registrado em abril, com 5,49%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta de inflação é de 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As projeções do mercado financeiro seguem em linha com o novo resultado: segundo o Boletim Focus, do Banco Central, o IPCA deve encerrar 2025 em 4,45%.
Setores que puxaram a inflação
Sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta entre outubro e novembro. O maior impacto veio de despesas pessoais, que subiram 0,85%, puxadas por hospedagem (4,18%) e pacotes turísticos (3,90%).
Nos transportes, as passagens aéreas dispararam 11,87% e foram o item que mais pressionou o índice entre todos os 377 pesquisados. Em sentido oposto, os combustíveis recuaram 0,46%, com destaque para a gasolina (-0,48%), que ajudou a frear o IPCA-15.
Alimentação volta a subir, mas domicílio ainda recua
O grupo alimentação e bebidas subiu 0,09% e interrompeu cinco meses consecutivos de queda. Ainda assim, a alimentação no domicílio teve nova redução (-0,15%). Contribuíram para o resultado:
leite longa vida: -3,29%
arroz: -3,10%
frutas: -1,60%
Por outro lado, ficaram mais caros:
batata inglesa: 11,47%
óleo de soja: 4,29%
carnes: 0,68%
Diferença entre o IPCA-15 e o IPCA cheio
O IPCA-15 antecede o IPCA oficial e utiliza a mesma metodologia, mudando apenas o período de coleta. Nesta leitura, os preços foram pesquisados de 14 de outubro a 13 de novembro em 11 regiões do país.
O IPCA completo de novembro será divulgado em 10 de dezembro pelo IBGE.

