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Controle do diabetes é essencial para prevenir doença renal crônica, alertam especialistas

Foto: Divulgação

Redação Plenax – Flavia Andrade

Novembro, mês de conscientização sobre o diabetes, reforça a importância do controle da glicose para evitar complicações graves, como a doença renal crônica. Especialistas alertam que até 40% das pessoas com diabetes podem desenvolver insuficiência renal ao longo da vida.

O diabetes interfere na forma como o corpo utiliza a glicose, e níveis elevados de açúcar no sangue podem prejudicar órgãos vitais, incluindo os rins. “Os rins são basicamente uma grande rede de vasos sanguíneos. A glicose elevada provoca alterações químicas que levam à presença de proteína na urina, desencadeando cicatrização e fibrose nos rins, agravando a doença renal”, explica o Dr. Ivan Porter II, nefrologista da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.

Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 aumentam o risco de doença renal crônica, embora o tipo 2 seja mais comum. A complicação costuma ser silenciosa e muitas vezes é diagnosticada apenas em estágios avançados, podendo evoluir para insuficiência renal terminal, quando são necessários diálise ou transplante de rim.

A doença renal crônica é classificada em cinco estágios, com base na taxa de filtração glomerular (TFG), que mede a capacidade dos rins de filtrar impurezas do sangue:

Estágio 1: TFG ≥ 90, considerado saudável, mas com sinais de problema renal.

Estágio 2: TFG entre 60 e 89, indicando leve comprometimento.

Estágio 3: TFG entre 30 e 59, dividido em 3a e 3b, com redução moderada a acentuada da função renal.

Estágio 4: TFG entre 15 e 29, comprometimento grave.

Estágio 5: TFG < 15, insuficiência renal terminal.

“O controle do diabetes, monitoramento regular da função renal e adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para reduzir o risco”, alerta o Dr. Porter. Entre as medidas estão o gerenciamento de medicamentos, alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e atenção a fatores que podem afetar a glicose, como estresse, doenças e alterações hormonais.

No diabetes tipo 2, fatores de risco como excesso de peso, sedentarismo, colesterol alto e consumo excessivo de álcool podem ser prevenidos ou controlados, diminuindo as chances de complicações renais.

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